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Política

Para Freixo, saída de Cabral é fruto de pressão das manifestações

17 ago 2013 - 13h38
(atualizado às 13h39)
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<p>Em foto do início do mês, manifestantes pedem a saída do governador fluminense Sergio Cabral</p>
Em foto do início do mês, manifestantes pedem a saída do governador fluminense Sergio Cabral
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), principal líder da oposição ao governador Sérgio Cabral, o anúncio feito de deixar o governo entre janeiro e abril, em entrevista à Istoé, é para tentar baixar a tensão que se criou no Estado do Rio com as manifestações populares contra o Governo. "A verdade é que o Rio está sem governo faz tempo. Ele quer associar sua saída à estratégia para que Pezão possa cuidar da máquina e tentar disputar a eleição do ano que vem em igualdade com os outros candidatos", avaliou Freixo, que já anunciou que não será candidato ao governo em 2014. "Mas anunciar em agosto que vai sair em janeiro me parece uma tentativa de baixar essa tensão social toda que o Rio está vivendo nos últimos tempos", completou.

Freixo disse que a renúncia antecipada de Cabral é uma vitória das ruas. "É a vitória de uma exigência das pessoas diante de uma grave crise. A sociedade exige mais transparência e foi justamente isso que Cabral não fez no seu governo", disse, afirmando que o governador foi "muito pouco democrático" e citando processos como a licitação do Maracanã, a decisão de demolir o Célio de Barros, o Parque Aquático Julio Delamare e a Aldeia Maracanã. Decisões que ele teve que voltar atrás, segundo o deputado do PSOL. "Foi um governo de pouca participação popular", disse ao Terra, por telefone, depois de participar de um evento em São Paulo neste sábado.

O deputado evitou fazer qualquer relação da decisão do Cabral com algum tipo de mudança na esfera municipal no que se refere à CPI dos ônibus. "Os vereadores que estão na CPI dos ônibus estão muito articulados junto à cúpula do PMDB e não têm tanta influência do prefeito. Acho que uma coisa não vai influenciar a outra", opinou Freixo.

Nove manifestantes seguem acampados dentro da Câmara Municipal há oito dias e pedem a renuncia de quatro membros da CPI que são ligados ao governo de Eduardo Paes (PMDB) mas que foram contra a instalação da CPI. "Isso tem a ver com os interesses das empresas de ônibus", disse Freixo.

Fonte: Terra
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