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Política

Orlando Silva presta esclarecimentos no Congresso na terça

17 out 2011 - 16h37
(atualizado às 16h41)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O Ministério do Esporte confirmou nesta segunda-feira que o ministro Orlando Silva irá prestar esclarecimentos aos deputados federais nesta terça, às 14h30, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. O ministro tem sido pressionado a apresentar sua versão sobre o suposto envolvimento em um esquema de corrupção para a liberação de recursos públicos para organizações não-governamentais (ONGs).

O denunciante do esquema do qual Silva faria parte, João Dias Ferreira, foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar de desvios de recursos destinado a um programa da pasta. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.

De acordo com Ferreira, o esquema utilizava o programa Segundo Tempo para desviar recursos usando ONGs como fachada. Orlando Silva foi apontado como mentor e beneficiário desse esquema. As ONGs recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Silva teria recebido, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes da quadrilha. Parte desse dinheiro, acusa a revista Veja, foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

Nesta tarde, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República deverá decidir se abre ou não procedimento preliminar para analisar as denúncias de suposto envolvimento do ministro do Esporte no esquema de corrupção.

De acordo com o presidente do colegiado, Sepúlveda Pertence, "acusações de suborno são sempre graves", mas os conselheiros do órgão de assessoramento da presidente Dilma Rousseff ainda precisarão analisar os fundamentos e ponderar o peso das acusações feitas pelo ex-militante do PCdoB, João Dias Ferreira.

Fonte: Terra
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