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Política

Orlando Silva entregará relatório de acusações a Dilma

21 out 2011 - 12h22
(atualizado às 12h32)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), deve entregar ainda nesta sexta-feira um relatório à presidente Dilma Rousseff (PT) com tudo o que foi publicado contra ele nos últimos dias na imprensa. Silva descartou entregar uma carta de renúncia ao cargo e, por enquanto, permanece ocupando a pasta, conforme reunião ocorrida ontem à noite entre Dilma e a articulação política. Ele é acusado por um policial militar de corrupção envolvendo organizações não governamentais (ONGs).

Ministro do Esporte, Orlando Silva, presta esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre denúncias de irregularidades no ministério
Ministro do Esporte, Orlando Silva, presta esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre denúncias de irregularidades no ministério
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Na quinta-feira, Dilma afirmou que o governo não fará um "apedrejamento moral" do ministro. "É importantíssimo que nós, que somos países democráticos, aprendamos que não se faz apedrejamento moral de ninguém", disse a presidente a jornalistas em Luanda, Angola, no último dia de seu giro de quatro dias pela África. "Eu acho que nós temos que ter um processo sistemático de apuração de todos os males feitos. Agora tem sempre que se supor a presunção da inocência das pessoas", acrescentou.

Orlando Silva foi alvo de denúncias de envolvimento em um suposto escândalo de corrupção divulgado pela revista Veja. A revista publicou no fim de semana uma reportagem na qual um PM acusa Orlando Silva de ser mentor e beneficiário de um suposto esquema de desvio de verbas de ONGs ligadas ao Ministério do Esporte para o seu partido, o PCdoB. O caso teria ocorrido em 2009, quando Silva era ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Base aliada

A presidente refutou críticas de que o governo estaria aliviando a pressão sobre o ministro por ele pertencer a um partido da base aliada. "Dizer que o governo está fazendo julgamento por partido é uma tolice. O meu governo respeita o Partido Comunista do Brasil e acha que ele tem quadros absolutamente importantes para o País", disse a presidente.

Fonte: Terra
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