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Política

Orlando Silva diz que irá 'desmascarar farsas' sobre fraudes

18 out 2011 - 15h01
(atualizado às 18h30)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), afirmou nesta terça-feira por meio de sua página no microblog Twitter e minutos antes de prestar depoimento em audiência conjunta na Câmara dos Deputados, que pretende "desmascarar as farsas publicadas que atacam minha honra, meu partido e meu governo". Pressionado a prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento em um esquema de corrupção para a liberação de recursos públicos para organizações não-governamentais (ONGs), o ministro será, por enquanto, o único a ser ouvido sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo a pasta.

Mais cedo, a Comissão de Educação do Senado rejeitou requerimento para ouvir o policial militar João Dias Ferreira, que acusa o ministro do Esporte de participar do esquema. A oposição, no entanto, conseguiu articular um "depoimento informal" do PM ao mesmo tempo em que Silva irá falar aos parlamentares.

João Dias Ferreira, denunciante do suposto esquema do qual o atual ministro do Esporte faria parte, foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar de desvios de recursos destinado a um programa da pasta. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos.

Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte. De acordo com ele, o esquema utilizava o programa Segundo Tempo para desviar recursos usando ONGs como fachada. Orlando Silva foi apontado como mentor e beneficiário desse esquema. As ONGs recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios.

Conforme a acusação, o ministro teria recebido, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes da quadrilha. Parte desse dinheiro, acusa a revista Veja, foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006. Ela nega as acusações.

Fonte: Terra
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