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Política

Oposição só protocola CPI do MST após compromisso de Sarney

13 out 2009 - 17h13
(atualizado às 18h05)
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Marina Mello
Direto de Brasília

A senadora Kátia Abreu (DEM-GO) afirmou nesta terça-feira que, apesar de já ter conseguido as assinaturas necessárias, a oposição só vai protocolar requerimento de criação da CPI para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) quando conseguir obter do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o compromisso de que ele irá convocar uma sessão do Congresso para que a comissão seja criada.

A espera é uma medida de cautela já que a oposição chegou a protocolar um requerimento de instalação da CPI há duas semanas, mas várias assinaturas acabaram sendo retiradas, o que inviabilizou a instalação da comissão. "Não vamos mais correr riscos. Queremos um compromisso do presidente Sarney de que ele irá atender a este anseio da minoria e convocar uma sessão do Congresso para que a CPI possa ser instalada", disse Kátia Abreu.

De acordo com a senadora, a oposição quer essa garantia para não expor os parlamentares que colaboraram com suas assinaturas. Na visão dela, a pressão do governo é tão grande que, entre o dia de se protocolar o requerimento e o dia da sessão do Congresso, novas assinaturas podem ser retiradas. "Já temos o número suficiente de assinaturas, mas não vamos protocolar hoje. Não queremos mais correr o risco de expor os parlamentares que nos apoiaram a mercê da pressão do governo", disse. "Se ele marcar a sessão para a quarta-feira, nós protocolamos na terça-feira".

Para se criar uma CPI mista (com deputados e senadores) como quer a oposição, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado. Além disso, o requerimento que pede a criação da CPI precisa ser lido em sessão do Congresso, que só pode ser convocada pelo presidente Sarney.

Fonte: Terra
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