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Política

Oposição pede investigação de Dilma por matéria de revista

Representação PGR tem como base suposta pressão feita por ex-tesoureiro da campanha da presidente a executivo da empreiteira UTC

30 jun 2015 - 21h51
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A oposição ao governo anunciou que entrará, ainda nesta terça-feira (30), na Procuradoria-Geral da República (PGR), com uma representação por crime de extorsão contra a presidente Dilma Rousseff e o o ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva. A denúncia se baseia em matéria da revista Veja segundo a qual o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, teria dito em seu depoimento de delação prêmiada, no âmbito da operação Lava Jato, que foi pressionado por Edinho, então tesoureiro da campanha presidencial de Dilma, para doar dinheiro à companha do PT. A presidente não teria sido citada pelo delator.

A decisão foi tomada após reunião entre os presidentes do PPS, Roberto Freire, do DEM, Agripino Maia, do Solidariedade, Paulinho da Força, os senadores Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), Eduardo Amorim (PSC-SE), o líder em exercício do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, os líderes do DEM, Mendonça Filho, e do PPS, Rubens Bueno, e os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Raul Jungmann (PPS-PE), Bruno Araújo, (PSDB-PE) e Arthur Maia (SD-BA).

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“Estaremos ainda hoje – o conjunto dos partidos de oposição – entrando com uma representação na Procuradoria-Geral da República, na PGR, por crime de extorsão contra o então tesoureiro da campanha eleitoral e hoje ministro, Edinho Silva, e contra a presidente da República", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

A oposição também anunciou que vai requerer que a delação premiada de Ricardo Pessoa seja compartilhada com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já existe uma ação dos partidos contra a campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, publicou nota em que classificou de "profundamente lamentável" a representação pedida pela oposição. "É profundamente lamentável que parlamentares oposicionistas, valendo-se apenas de notícias divulgadas por órgãos de imprensa, acerca de uma delação premiada, cujo real conteúdo permanece até agora sob sigilo legal, busquem, mais uma vez, criar, de forma injustificada e irrazoável, um novo factoide jurídico, visando exclusivamente atingir a honra da Sra. Presidente da República e de um ministro de Estado (...) Causa ainda espécie que a aludida representação peça apuração isolada daquilo que, em tese, seria apenas uma das alegações de delator, e que, convenientemente, tenha se esquecido de outras alegações que poderiam atingir membros da própria oposição."

Fonte: Terra
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