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Política

O povo foi derrotado, diz Cunha após derrubada do distritão

Peemedebista diz que Câmara dos Deputados não quis fazer reforma ao rejeitar mudanças no sistema eleitoral

27 mai 2015 - 12h12
(atualizado às 12h23)
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Deputados também rejeitaram outros modelos para a escolha de deputados e vereadores
Deputados também rejeitaram outros modelos para a escolha de deputados e vereadores
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Após o PMDB ser vencido com a derrubada do distritão na votação da reforma política, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira que o povo foi derrotado com a rejeição de todos os modelos analisados pelo plenário. Além do voto majoritário para deputados, os deputados também rejeitaram outros modelos para a escolha de deputados e vereadores, como o voto distrital misto e a lista fechada.

“Ontem quem foi derrotado foi todo mundo, foi o povo, porque todos os modelos foram derrotados”, disse Cunha. “Na prática, a decisão é: não tem reforma. Todos foram frustrados da expectativa de uma reforma. Ali não foi votada a minha reforma”, afirmou o peemedebista.

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Eduardo Cunha foi um dos articuladores do distritão, modelo que previa a eleição dos deputados e vereadores mais votados, diferente do sistema proporcional atual. O peemedebista chegou a enterrar a comissão especial da reforma política para levar a proposta de emenda à Constituição direto ao plenário. Aliados também ameaçaram partidos pequenos com o endurecimento de regras sobre coligações proporcionais e cláusula de desempenho, na tentativa de aprovar o sistema preferido do PMDB.

“Temos que entender o seguinte: a Câmara não quer reforma política, não quer mudar o sistema eleitoral. Se não quer mudar, provavelmente não teremos nenhuma mudança substancial. Acho muito pouco provável que passe alguma coisa”, disse.

Ontem, Cunha sofreu outra derrota após a derrubada do distritão. Os deputados rejeitaram incluir na Constituição a permissão das doações eleitorais feitas por empresas, prática que já foi considerada inconstitucional pela maioria dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento está parado por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Ele defende que o Congresso legisle sobre o tema.

Hoje, a Câmara continua a analisar outros pontos do financiamento eleitoral, como o financiamento apenas por pessoas físicas e o financiamento privado de empresas para partidos políticos.

Fonte: Terra
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