PUBLICIDADE

Política

"O Congresso podia se respeitar", diz Lula em entrevista

11 abr 2016 - 12h12
Compartilhar
Exibir comentários
"Congresso poderia se respeitar, levando em conta que não existem condições políticas de fazer julgamento da Dilma tal como eles estão fazendo", afirmou Lula
"Congresso poderia se respeitar, levando em conta que não existem condições políticas de fazer julgamento da Dilma tal como eles estão fazendo", afirmou Lula
Foto: Reprodução / O Financista

Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só a "insanidade mental" de algumas pessoas no Brasil explica o processo de impeachment ser liderado por Eduardo Cunha, denunciado múltiplas vezes por corrupção. A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald e publicada em seu site, o Intercept_.

Lula afirmou também não ser coerente Cunha permancer no cargo diante de "evidências de corrupção esmagadoras" contra o presidente da Câmara. Quando questinado pelo jornalista a respeito de Cunha ter contas no Swiss Bank com milhões de dólares sem explicação e negar a acusação, Lula se demonstrou indignado e defendeu sua sucessora.

"Dilma está sendo julgada por pessoas que são acusadas e ela não tem uma acusação contra ela", disse. Em outro momento, Lula afirma considerar muito grave Cunha ter certa "proteção de determinados setores da mídia nacional".

Durante a entrevista, Lula também criticou o próprio Congresso Nacional em relação ao impeachment. "O Congresso Nacional poderia se respeitar, sabe, levando em conta que não existem condições políticas de fazer o julgamento da Dilma tal como eles estão fazendo", afirmou o ex-presidente. 

 Economia 

Para Lula,  a recessão que o Brasil passa hoje é consequência da crise ocorrida em 2009 nos Estados Unidos."Veja, o Brasil hoje está sofrendo os efeitos mais perversos de uma crise mundial causada pelo sistema econômico do mundo, ou seja, começou com os Estados Unidos", disse.

"Em 2009, na primeira reunião do G20, eu propus na reunião que, se a gente quisesse resolver o problema da crise, ao invés de a gente conter os gastos, deveria fazer investimento nos países mais pobres, para ajudá-los a ter dinheiro barato, para que eles pudessem começar a se desenvolver", afirmou o ex-presidente ao jornalista.

"Nós discutimos que era preciso não ter protecionismo. Era preciso abrir o comércio, sobretudo para favorecer os países mais pobres, sobretudo América Latina e África. Todo mundo concordou, mas na prática nao foi feito", criticou.

Veja a entrevista na íntegra no video:

O Financista Todos os direitos reservados
Compartilhar
Publicidade
Publicidade