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Política

No Congresso, Lobão diz que é imoral barrar manifestantes

“Quero que me levem ao líder dessa joça”, disse o músico, que foi à Brasília pedir ajuda ao DEM para entrada de pessoas nas galerias do plenário; partido pode recorrer ao STF

3 dez 2014 - 12h56
(atualizado às 18h53)
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<p>Lobão foi liberado para entrar junto de outro porta-voz dos manifestantes</p>
Lobão foi liberado para entrar junto de outro porta-voz dos manifestantes
Foto: Fernando Diniz / Terra

O cantor Lobão chegou ao Congresso nesta quarta-feira para pedir a entrada de manifestantes que tentam acompanhar a votação do projeto de lei que muda a meta do superávit. Conhecido pela sua militância contra o governo do PT, o músico pegou um avião para Brasília durante a manhã e foi à liderança do DEM pedir ajuda. Deputados prometeram preparar um mandado de segurança para ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso não seja concedido o acesso.

“O povo tem de entrar e a gente vai negociar com as parlamentares para a entrada da população. É imoral uma coisa decidida sem a presença do povo, na casa do povo”, disse o cantor, na chegada ao Congresso.

Lobão exige entrada de manifestantes em votação de PL:

Lobão foi liberado para entrar junto de outro porta-voz dos manifestantes. Na entrada, foi tietado por fãs, entre eles um policial, que pediu para tirar uma foto com ele. “Quero que me levem ao líder dessa joça”, disse o músico. “Essa lei não vai passar, não passará.”

Na terça, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu a retirada de manifestantes das galerias do plenário depois de a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ter ouvido o grupo chamar a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) de “vagabunda”. Manifestantes alegam ter gritado “vai pra Cuba”.

<p>Na entrada, foi tietado por fãs, entre eles um policial</p>
Na entrada, foi tietado por fãs, entre eles um policial
Foto: Fernando Diniz / Terra

Oposicionistas subiram às galerias para defender os manifestantes e se envolveram em um tumulto com seguranças. A confusão acabou suspendendo a sessão para a deliberação de vetos presidenciais, que precisavam ser analisados antes de votar a mudança da meta fiscal.

O projeto de lei, defendido pelo governo, acaba com o limite fixo de R$ 67 bilhões de abatimento do superávit com desonerações e investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), permitindo ao governo fazer uma economia menor. 

Fonte: Terra
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