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Política

Na TV, Eduardo Campos adota tom mais crítico e aponta falhas do governo

25 abr 2013 - 13h07
(atualizado às 13h52)
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O Brasil avançou, mas deixou de fazer mudanças fundamentais e corre o risco de regredir, caso não faça novos avanços, dirá o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nesta quinta-feira durante o programa partidário para rádio e TV

Campos e o PSB, aliados históricos do PT, têm articulado nos últimos meses uma possível candidatura à Presidência em 2014, que quebraria a aliança. Desde o início do ano o governador e os socialistas fazem críticas sistemáticas à gestão da presidente Dilma Rousseff.

Até setembro, segundo membros do partido, será possível avaliar o resultado dessas articulações, que, se forem bem-sucedidas, podem inclusive determinar a saída do PSB do governo para que o partido possa adotar um discurso de oposição.

"Avançamos, mas deixamos de fazer mudanças fundamentais, temos um Estado antigo que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo. Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento", dirá Campos durante o programa que será exibido na noite desta quinta-feira na TV e no rádio.

Logo após esse comentário inicial de Campos, um locutor pontua novas críticas ao atual governo. "Nós somos o País do pré-sal, mas gastamos 3 bilhões (de dólares) por ano para importar gasolina", diz.

"Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas falta infraestrutura para estocar e transportar nossa produção", continua o locutor. "Temos a matriz energética mais limpa do planeta, mas gastamos 400 milhões (de reais) por mês para manter termelétricas poluidoras", diz o locutor.

Em seguida, Campos volta a fazer mais críticas, dessa vez veladas, ao estilo de governar da presidente Dilma. "Somos um partido que aposta na democracia e no diálogo, porque quem governa tem que saber decidir, mas não pode ser nunca o dono da verdade", dirá o possível candidato socialista.

Já ao final do programa, o governador pernambucano afirma que é preciso enfrentar os debates sem transformar tudo numa questão eleitoral e que não é hora de montar palanques, mas dá a última estocada. "Para avançar não temos outra escolha, é preciso contrariar os interesses da velha política que estão instalados na máquina pública", afirma.

"Cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança. E não por um incompetente que é nomeado só porque tem um padrinho político forte", arremata.

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