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Política

MT: eleitos são diplomados após retotalização de votos

17 dez 2010 - 01h13
(atualizado às 12h41)
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Juliana Michaela
Direto de Cuiabá

Os 67 candidatos eleitos e suplentes no pleito para governador, senador, deputado federal e estadual do Mato Grosso foram diplomados na quinta-feira à noite, no Cenarium Rural, em Cuiabá. Para surpresa, o quadro dos candidatos eleitos à Câmara Federal dos Deputados foi alterado na manhã da própria quinta pelo Tribunal Regional Eleitoral, que realizou a retotalização dos votos, incluindo o candidato Pedro Henry Neto (PP), que obteve 81.454 votos, e excluindo Nilson Leitão (PSDB), que teve 70.958 votos.

A retotalização computou os votos de cinco candidatos a deputado estadual e de um candidato a deputado federal, que haviam concorrido em situação subjudice depois de ter suas candidaturas indeferidas pelo TRE. Eles conseguiram que os votos fossem retotalizados impetrados recursos no Tribunal Superior Eleitoral. Não houve alteração na lista dos deputados estaduais.

Eleito como deputado federal, Pedro Henry é cotado para assumir a Secretaria Estadual de Saúde, devendo assumir em seu lugar o suplente Roberto Dorner. Henry é um dos réus dos processos do 'mensalão' e 'sanguessugas' que ainda não foi julgado. Sobre a indicação à Secretaria, o governador Silval Barbosa falou que precisava de alguém com o perfil técnico e político de Pedro Henry, já que ele é graduado em Medicina e tem experiência política. Ao ser questionado sobre os dois processos aos quais Henry responde, Silval Barbosa falou que o deputado federal ainda não foi julgado e não existe nenhuma condenação contra ele.

Henry disse que TSE deferiu o seu registro por unanimidade, que havia sido barrado com base na Lei da Ficha Limpa. "Eu fui inocentado por unanimidade. Encaro a secretaria de saúde como um grande desafio. Pretendo corrigir as distorções na saúde e atender os anseios da sociedade. Sobre os processos, eu não fugi, não renunciei e ainda não fui julgado", disse Pedro Henry.

Sobre metas para o governo, Silval falou que irá preparar o Mato Grosso para a Copa do Mundo de 2014, revigorando os setores da saúde, infra-estrutura e meio ambiente.

Meio ambiente e infra-estrutura são lembrados pelos senadores eleitos

O senador eleito e ex-governador por dois mandatos Blairo Maggi (PR), cotado como ministro da Agricultura, falou que não tem interesse no Ministério e pretende atuar no Senado nas comissões de infra-estrutura e agricultura. "Fui eleito para senador e acredito que será possível montar um bloco dos senadores da Amazônia Legal e Centro-Oeste para discutir assuntos que são de interesses da nossa região", afirmouMaggi.

Ao ser questionado sobre a discussão da alteração do Código Florestal, Maggi falou que o assunto é um tema importante e que, se for levado à discussão na Câmara, terá sua atenção. "Não posso falar qual será a minha posição, pois ainda quero me informar sobre o tema", disse.

O ex-procurador da República e senador eleito Pedro Taques (PDT-MT) comentou que conversou com a senadora Marina Silva, após o pronunciamento de despedida dela no Senado, e que o meio ambiente é um tema importante para o estado de Mato Grosso. "Não há desenvolvimento sem respeitar as regras ambientais. Eu pretendo atuar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em razão da minha experiência na área e de outras comissões, como a de infra-estrutura", disse Taques. Ele comentou que o PDT está na coalização nacional da presidente Dilma Russef, mas que isso não significa submissão ao que o governo federal propuser.

Diplomação é marcada por manifestação

Na entrada do local, um grupo com cerca de 20 pessoas faziam uma manifestação com faixas, cartazes e um caixão, solicitando veto ao governador eleito, Silval Barbosa, para a lei aprovada na Assembléia Legislativa do Zoneamento Sócio-econômico Ecológico (ZSEE), que irá reduzir as áreas passiveis de preservação e diminui o percentual de recomposição de reserva legal.

Uma das representantes do grupo de trabalho de mobilização social (GTMS), Michele Jaber, disse que o grupo é formado por 35 entidades e movimentos das redes socioambientais e considera um absurdo a lei aprovada pelos deputados estaduais no mês de outubro, pois irá favorecer os grandes agricultores, em detrimentos dos agricultores familiares, dos indígenas e das áreas de preservação ambiental.

Ao ser questionado sobre se irá aprovar ou vetar a Lei do ZSSE-MT, o governador disse que o documento é analisado pela equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e que aguardar a conclusão da análise para poder se manifestar.

O governador reeleito Silval Barbosa recebe o diploma
O governador reeleito Silval Barbosa recebe o diploma
Foto: Edson Rodrigues/Secom-MT / Divulgação
Fonte: Redação Terra
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