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Política

MS: em protesto, moedas são jogadas contra vereadores

Câmara de Campo Grande encerrou sessão onde seria lida denúncia contra o prefeito Alcides Bernal (PP)

8 out 2013 - 15h58
(atualizado às 16h04)
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Dois grupos de manifestantes ocuparam na manhã desta terça-feira a Câmara de Vereadores de Campo Grande (MS), trocaram ofensas, jogaram moedas nos parlamentares e fizeram com que a sessão fosse encerrada. A leitura de uma denúncia contra o prefeito Alcides Bernal (PP) e a votação da abertura de uma comissão processante foram adiadas por causa da confusão. Segundo a assessoria de imprensa da Casa, a Guarda Municipal cercou o plenário para garantir a segurança dos vereadores.

Uma parte dos manifestantes queria uma trégua na briga entre o Legislativo e o Executivo, e outra a abertura do processo de cassação do prefeito. A sessão foi encerrada com base no regimento interno da Casa, que determina que qualquer cidadão pode assistir as sessões, desde que fique em silêncio durante os trabalhos e não manifeste apoio ou desaprovação em relação ao que se passa no plenário.

De acordo com a assessoria da Casa, não há informações de detidos nem de atos de vandalismo. As imagens das câmeras de segurança da Câmara serão enviadas para a Polícia Civil. Após o encerramento da sessão, os representantes dos movimentos populares se reuniram com vereadores para buscar um entendimento sobre as manifestações.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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