MP-GO denuncia 15 prefeitos ligados a esquema de remédios superfaturados
Denúncia cita um total de 59 pessoas, incluindo um ex-prefeito, 17 secretários municipais, empresários e advogados
Após deflagrar a chamada Operação Tarja Preta no último dia 15 de outubro, que levou 11 prefeitos e um ex-prefeito goianos para a cadeia, além de outros suspeitos, o Ministério Público de Goiás protocolou no Tribunal de Justiça (TJ-GO) denúncia contra investigados por participação em um esquema de venda fraudada e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras.
O MP denunciou um total de 59 pessoas, incluindo 15 prefeitos, um ex-prefeito e 17 secretários municipais, além de empresários e advogados de seis empresas de material hospitalar que também operavam no esquema. Até agora, nove prefeitos já foram afastados dos cargos por determinação da Justiça.
Os suspeitos foram denunciados com base na Lei nº 12.850, deste ano, que define organização criminosa, e prevê penas mais duras, de 3 a 8 anos de prisão. Segundo o MP, a denúncia é a primeira a se basear na nova lei em Goiás. O MP ressalta que outras denúncias serão feitas nos próximos dias, referentes aos crimes individualizados cometidos em cada um dos 19 municípios investigados na Operação Tarja Preta.
Ainda segundo o MP, já foram liberados quase todos os 37 detidos em prisão temporária na Operação Tarja Preta. No entanto, permanece preso, preventivamente, o empresário Edilberto César Borges, considerado o chefe da organização criminosa, e mais dois outros investigados, também ligados a empresas envolvidas no esquema.