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Política

MJ mobiliza polícia para liberar estradas bloqueadas por caminhoneiros

26 fev 2015 - 18h47
(atualizado às 18h47)
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O Ministério da Justiça (MJ) determinou nesta quinta-feira que a Polícia Federal (PF) aplique as multas definidas ontem para a liberação das estradas do país que permanecem bloqueadas por caminhoneiros, apesar do acordo alcançado entre as transportadoras e as autoridades.

O ministro de Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu hoje em entrevista coletiva que, apesar do acordo, ainda há focos isolados de bloqueios, com "maior concentração no sul do país", nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Os caminhoneiros mantiveram o bloqueio de importantes estradas, apesar do acordo assinado na quarta-feira entre associações de proprietários de veículos de carga e o governo para superar os protestos contra os altos preços dos combustíveis e o aval para fixar novas tarifas aos fretes.

O ministro informou que a Polícia Rodoviária Federal foi acionada para aplicar as multas de passagem "previstas pela Legislação" por obstrução de vias e, a partir dessa ordem, identificar os infratores para que recebam as outras sanções determinadas na quarta-feira.

A PF também foi orientada a "detectar ilícitos dos mais variados" cometidos durante os bloqueios, sem especificar o tipo de delitos. A Justiça determinou o fim das manifestações e estipulou uma multa de até R$ 50 mil dos caminhoneiros por cada hora de bloqueio.

A decisão foi anunciada depois que o governo se comprometeu a sancionar, sem vetos, a chamada Lei dos Caminhoneiros, que estabelece regras para regular a profissão e foi aprovada em 11 de fevereiro pelo Congresso.

O governo se comprometeu a não subir o preço do diesel nos próximos seis meses; dar liberdade para que o sindicato caminhoneiro elabore a nova tabela de preços para fretes; congelar por um ano o pagamento dos créditos concedidos no programa Procaminhoneiro e a não cobrar o pedágio total a caminhões que transitem vazios.

Cardozo comentou que "a proposta do governo foi aceita pela maior parte do movimento" e afirmou que "a sociedade brasileira não pode continuar sofrendo com a falta de abastecimento".

O ministro admitiu que, por enquanto, "é impossível calcular" o valor do prejuízo causado pelos bloqueios das estradas e do acesso dos caminhões aos principais portos do país.

EFE   
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