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Política

Ministro próximo a Dilma minimiza gasto com viagem ao Vaticano

O valor total do pacote de hospedagem e salas de apoio e reunião entre os dias 16 e 20 de março foi de €125.990 ou R$ 324 mil

21 mar 2013 - 18h04
(atualizado às 18h44)
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<p>Dilma e comitiva foram ao Vaticano para a missa inaugural do papa Francisco</p>
Dilma e comitiva foram ao Vaticano para a missa inaugural do papa Francisco
Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República / Divulgação

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou nesta quinta-feira os custos da viagem presidencial ao Vaticano para a missa de investidura do papa Francisco. Segundo Ministério de Relações Exteriores, o valor para custear a hospedagem da comitiva e das equipes técnica e de apoio entre os dias 16 e 20 de março foi de 125.990 euros ou R$ 324 mil. O valor inclui o aluguel de salas de apoio.

Por meio da sua assessoria de comunicação, Gilberto Carvalho disse que “a exploração desse assunto só pode ser atribuída à falta de percepção para assuntos mais importantes”.

“O que deve ser ressaltado é a importância da participação brasileira na missa inaugural e o que isso representa para o Brasil, tendo em vista que o Papa e a Presidenta Dilma conversaram sobre a atenção aos mais pobres, linha que tem muito a ver com a atuação do governo brasileiro”, acrescenta o ministro por meio de sua assessoria.

Dilma viajou na noite de sábado para Roma, onde teve alguns encontros oficiais, dentre eles com o presidente da Itália, Georgio Napolitano. Além de participar da missa e de ser recebida pelo pontífice em audiência, a presidente aproveitou a estada na cidade para fazer passeio turístico.

Uma das principais críticas e motivos para o alto custo da viagem foi o fato de a presidente, a comitiva e a equipe técnica ter se hospedado no hotel The Westin Excelsior e a equipe de apoio do hotel Parco dei Principi. Na ocasião da visita, a residência oficial da embaixada brasileira estar vaga. Não é incomum que chefes de Estado se hospedem em representações diplomáticas. Ao ir a Caracas para o velório de Hugo Chávez, Dilma ficou na residência do embaixador brasileiro na capital venezuelana.

“O ministro disse também que é preciso considerar que a presidenta é uma chefe de Estado, e que a ausência de embaixador na Embaixada, entre outros fatores, fez com que o Itamaraty optasse pela hospedagem em um hotel. Mas isso não é novidade, uma vez que a presidenta costuma se hospedar em hotéis em outras viagens”, explica a assessoria da Secretaria-Geral em outro momento.

A lista completa de pessoas que participaram da viagem ainda é desconhecida. A comitiva oficial foi formada pelos ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, da Educação, Aloizio Mercadante, da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, da Comunicação Social, Helena Chagas, e do Embaixador do Brasil no Vaticano, Almir Franco de Sá Barbuda, que se incorporou ao grupo em Roma.

Além deles, as equipes técnica e de apoio tiveram a composição padrão das viagens presidenciais, formadas por profissionais de segurança, cerimonial, saúde, tradução, comunicação, diplomatas, entre outros.

O custo da viagem já repercutiu na oposição do governo no Congresso Nacional. O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, cobrou oficialmente informações sobre o custo total da viagem. Ele também promete solicitar o total de gastos com viagem ao exterior da presidente desde o início do mandato, além das listas dos integrantes das comitivas. 

Fonte: Terra
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