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Política

Cardozo deixará governo, se achar que não "contribui mais"

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ministro afirmou que não orienta as ações da PF e que não há motivo para Lula ser investigado

3 jul 2015 - 11h14
(atualizado às 11h22)
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"Se eu achar que não contribuo mais para o projeto e não servir mais à presidente, sairei", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
"Se eu achar que não contribuo mais para o projeto e não servir mais à presidente, sairei", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Pressionado pelo próprio partido, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), disse que não orienta as investigações da Polícia Federal e admitiu que pode deixar o governo se achar que não contribui mais com o projeto. Em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira, Cardozo também afirmou que, mesmo do lado de fora, apoiaria Dilma Rousseff, porque acredita em sua honestidade.

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“Sou leal à presidente Dilma e ao projeto que ela representa. Enquanto eu servir a esse projeto e ela achar que sirvo, ficarei. Se eu achar que não contribuo mais para o projeto e não servir mais à presidente, sairei. Mas continuarei defendendo o projeto onde quer que esteja porque acredito na presidente e na sua honestidade”, afirmou o ministro.

Cardozo também disse que não tem de prestar informações só ao PT sobre os vazamentos da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Na semana passada, o ministro chegou a ser convidado pela Executiva da legenda para explicar o que foi chamado de “vazamentos seletivos” da operação.

Segundo ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve ser investigado. “Eu não acredito que ele possa ter praticado atos lesivos ao patrimônio ou atos ilícitos. Não vejo como ele possa ser alvo de investigações.”

Cardozo também defendeu os colegas Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, citados em delação premiada do dono da empreiteira UTC. “Tenho a mais absoluta convicção da lisura dos procedimentos deles. São pessoas sérias, respeitáveis”, afirmou.

Maioridade penal

O ministro da Justiça lamentou a aprovação em primeiro turno na Câmara da proposta de redução da maioridade penal em casos de delitos graves. Segundo ele, “nos países em que isso acontece (tratar jovens como adultos), a violência é maior”.

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Fonte: Terra
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