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Política

Ministro: indicações do PMDB precisam do aval de todo partido

5 jan 2011 - 14h44
(atualizado às 15h22)
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O ministro da Previdência Social e senador eleito pelo PMDB, Garibaldi Alves Filho, afirmou nesta quarta-feira que os peemedebistas decidiram que todas as nomeações a que terão direito no governo Dilma serão referendadas por todo o partido, e não mais por uma indicação do ministro da pasta ou de um parlamentar. Ontem, Garibaldi participou de um encontro entre a cúpula e os ministros do partido a fim de discutir o espaço perdido na formação da equipe do novo governo.

Garibaldi Alves assumiu o Ministério da Previdência Social no governo de Dilma Rousseff
Garibaldi Alves assumiu o Ministério da Previdência Social no governo de Dilma Rousseff
Foto: Renato Araujo / Agência Brasil

"O que está sendo acertado é que o partido vai se mostrar mais coeso, agora, com relação a essas escolhas. Ao invés de serem escolhas de um parlamentar apenas, ou de um ministro apenas, será do PMDB para dar ao partido maior verticalidade, uma maior representatividade", disse o ministro durante a posse de seu pai, Garibaldi Alves, como senador.

Sobre as disputas com o PT em torno dos cargos de segundo escalão do Executivo, Garibaldi Alves afirmou que o PMDB já deu o assunto por encerrado, mesmo com as perdas de indicações que mantinham no segundo escalão. O ministro negou qualquer tensão com o governo por causa dessa questão e disse que não existe, em qualquer ministério, a chamada "porteira fechada", em que o titular da pasta escolhe livremente os representantes dos órgãos vinculados.

O ministro afirmou que, apesar de Dilma Rousseff ter suspendido as nomeações para o segundo escalão dos ministérios, manteve o processo de repartição dos cargos entre os aliados nas estatais. "Isso continua e está se processando. Ela adiou as escolhas para o segundo escalão numa atitude de cautela, certamente para escolher melhor, a pressa é inimiga da perfeição".

Outra questão minimizada por Garibaldi Alves foi a possível influência da disputa de espaço no segundo escalão no processo de escolha dos presidentes da Câmara e do Senado. Para ele, o acordo entre PMDB e PT, que estabelece o critério do tamanho das bancadas para a escolha dos primeiros cargos, está mantido.

O ministro, que está no terceiro mandato de senador, acredita que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disputará a reeleição apesar de negar essa pretensão. Parlamentares da cúpula do PMDB e senadores de outros partidos também dão como certa a candidatura de Sarney.

"O presidente Sarney, em todo o começo de processo eleitoral, geralmente não se mostra muito animado e eu compreendo isso porque realmente não é fácil, hoje, dirigir uma Casa como essa. Mas diante dos apelos que ele recebe, termina aceitando e eu acho que vai acontecer a mesma coisa", disse Garibaldi Alves.

Agência Brasil Agência Brasil
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