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Política

Ministro convoca entrevista para repudiar acusações de Aécio

José Eduardo Cardozo repudiou afirmação de que governo agiu para incluir nomes da oposição em lista da Lava Jato

5 mar 2015 - 18h27
(atualizado às 19h06)
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<p>Cardozo pediu mais de uma vez para que o governo não seja medido por réguas passadas</p>
Cardozo pediu mais de uma vez para que o governo não seja medido por réguas passadas
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, convocou uma entrevista coletiva nesta quinta-feira para rebater uma afirmação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que acusou o governo de atuar para incluir nomes da oposição na lista de pedidos de investigação da Operação Lava Jato. Sem citar o nome do tucano, Cardozo pediu mais de uma vez para que o governo não seja medido por “réguas passadas”.

“A nossa presença se deve à manifestação de repudio claro a afirmação de parlamentares da oposição no sentido de que autoridades do governo tem agido para incluir ou retirar nomes da lista do procurador geral da República”, disse Cardozo, em entrevista no Ministério da Justiça.

Ontem, Aécio comemorou notícias que o procurador Rodrigo Janot não encontrou indícios suficientes para pedir a abertura de inquérito e solicitou o arquivamento. “Foram infrutíferas as tentativas do governo de envolver a oposição na investigação”, disse o senador, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Paulo Roberto Costa presta depoimento hoje em Curitiba:

Cardozo evitou falar do arquivamento das citações à presidente Dilma Rousseff, como jornais noticiaram nesta quinta-feira, e aproveitou para alfinetar o oposicionista, candidato derrotado nas eleições presidenciais. “Vejo pessoas comemorando arquivamentos que não sei se de fato ocorreram”, disse.

O ministro da Justiça cumpre uma ordem de Dilma, que na primeira reunião ministerial convocou os titulares de todas as pastas a fazer a “guerra da informação” e reagir a boatos. Seguindo o teor da campanha eleitoral do ano passado, voltou a dizer que os governos do PT respeitam a autonomia dos órgãos de investigação.

“Se, no passado, governos agiam dessa maneira, faziam pressões e utilizavam expedientes que fugiam da legalidade, não nos meçam por réguas antigas, não nos meçam pelo o que já foi”, disse. “A nossa régua é a do respeito às instituições.”

Fonte: Terra
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