Lava Jato: MP anuncia bloqueio de R$ 544 mi de empreiteiras

MPF informou ainda que o total de reparação pedida no âmbito da operação chega a R$ 6,77 bilhões

14 mai 2015 - 18h32

(atualizado em 25/9/2015 às 12h22)

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Procurador Deltan Dallagnol durante anúncio de propostas de combate à corrupção em Brasília. 20/3/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O Ministério Público Federal anunciou nesta quinta-feira o bloqueio de R$ 544 milhões de empreiteiras e empresas citadas no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e investigado pela Operação Lava Jato.

O procurador da República, Deltan Dallagnol, afirmou em entrevista à imprensa em Curitiba, que 13 pessoas foram acusadas nesta fase da investigação, entre eles quatro ex-deputados federais. Os políticos envolvidos são os ex-deputados André Vargas, que pertencia ao PT, Luiz Argolo (SD-BA), Pedro Corrêa (PP) e Aline Corrêa (PP).

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O MPF informou ainda que o total de reparação pedida no âmbito da operação chega a R$ 6,77 bilhões, superando os R$ 6,1 bilhões de propina declarados pela Petrobras e que recursos devolvidos ou bloqueados na Lava Jato somam R$ 2,5 bilhões.

Ex-deputados presos na 11ª fase da Lava Jato depõem na CPI da Petrobras:

"Tomamos conhecimento de decisões determinando bloqueio de R$ 241 milhões da propriedade da Camargo Corrêa e da Sanko... e R$ 302 milhões relativos à Galvão Engenharia", disse Dallagnol.

O doleiro Alberto Youssef reafirmou que pagou R$ 6 milhões em propina a uma agência de publicidade, após ordem do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, que teria sido acionado pelo ex-presidente Lula
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Youssef confirmou que usou o expediente das doações oficiais a partidos para o pagamento de parte das propinas devidas
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
O ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró recusou-se a prestar depoimento durante CPI da Petrobras
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Nestor Cerveró disse que estava tendo seu direito de responder em liberdade cerceado e ficou calado durante toda a sessão
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
O operador financeiro Mário Goes também permaneceu calado durante a CPI
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Mário Goes disse que permaneceria calado e não responderia a nenhuma pergunta, exercendo seu direito constitucional
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Iara Galdino, presa e condenada a 12 anos de prisão por ser proprietária das empresas que a doleira Nelma Kodama usava para operar em câmbio, quebrou o silêncio e se mostrou disposta a responder a todas as perguntas dos parlamentares
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra

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