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Política

Mercadante defende ajustes e critica "golpismo" da oposição

7 out 2015 - 16h47
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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ao assumir hoje (7) o Ministério da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a oposição por, segundo ele, liderar uma tentativa de golpe e a realização de um "terceiro turno" da eleição presidencial. Mercadante citou ações da gestão petista nos últimos 12 anos, como a redução da pobreza e da fome. O novo ministro afirmou ainda que o ajuste fiscal foi "inevitável". Para Mercadante, a crise econômica só será superada com o respeito aos princípios democráticos.

"Ao final de 2014, apresentávamos as mais baixas taxas de desemprego dos nossos registros históricos, contudo, quando iniciamos a campanha eleitoral vivíamos em um mundo e, terminada a campanha, o mundo era outro. A crise que antes afetava mais intensamente os países desenvolvidos, passou a se abater pesadamente sobre os países emergentes. Trata-se de uma crise verdadeiramente mundial. Ajuste fiscal foi inevitável", disse na cerimônia de transmissão de cargo. Mercadante deixou a Casa Civil para assumir o Ministério da Educação.

Mercadante comparou o ajuste fiscal com o ato de tomar uma vacina. "É chato, dói, você tenta adiar, mas tem uma hora que tem que tomar". Para o ministro, diferentemente dos ajustes na economia, que podem ter sua dose corrigida, o "risco do golpismo" é absoluto e não administrável. "Erros na administração da economia podem ser corrigidos. Crimes contra a democracia, não. A dose do golpismo é sempre letal, para todos, para o país e para o futuro. O pior é que o clima político, deteriorado pelo golpismo, tenta esterilizar os esforços em prol do equilíbrio das contas públicas e tende a impedir a recuperação da confiança dos investidores e dos consumidores, objetivo último do ajuste fiscal".

Aloizio Mercadante disse que a superação da atual crise só será possível com o respeito aos princípios democráticos. "Tenho pena daqueles que, por apostarem no quanto pior, melhor, por apostarem nos seus interesses particulares, muitas vezes mesquinhos, manifestam desprezo por esse novo Brasil democrático. Saem por aí dizendo que o Brasil acabou. Recusam-se a reconhecer as grandes conquistas dos últimos 12 anos. Acenam, desavergonhadamente, com o golpe e o terceiro turno. Manifestam, sobretudo, desprezo para com a democracia e voto popular. Só enfrentaremos com êxito as dificuldades e a crise com o estrito respeito à democracia".

Ministro-chefe da Casa Civil desde o início do ano passado, Mercadante disse aceitar as críticas e não guardar rancor. "Aceitamos as críticas, porque elas nos ajudam a corrigir os caminhos, e suportamos com paciência, mesmo quando são exageradas e injustas. Por isso, não guardamos rancores, pois quem está empenhado na construção de um país melhor e mais democrático não pode ceder à mediocridade autoritária, estéril do ressentimento e do ódio".

Agência Brasil Agência Brasil
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