Melhorias nos serviços públicos serão cobradas nas eleições, diz pesquisa
Presidente da CNT critica declaração de marqueteiro de que Dilma vencerá no 1º turno
O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), senador Clésio Andrade, afirmou que não acredita nas previsões feitas pelo marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, João Santana, de que ela venceria a próxima eleição no primeiro turno. Para Andrade, a pesquisa divulgada nesta terça-feira pela instituição revela que a população está cobrando mais efetivamente as autoridades e exige demonstrações concretas de que será ouvida.
“O marqueteiro está se baseando em marketing puro. Não é marketing puro que vai definir essa eleição. Estamos verificando uma mudança de paradigma. Entendemos que, tirando a economia, que é sempre um peso muito grande, os outros serviços públicos terão um peso grande na definição do candidato vencedor. A população está cobrando isso. Quer melhor transporte, mais segurança, quer melhores serviços em geral”, analisou o senador.
A pesquisa, que apontou uma queda de 23 pontos percentuais na aprovação do governo Dilma também ouviu o que os brasileiros acham dos protestos, aprovados por 84,3% dos entrevistados. Para 64,9% dos entrevistados, as manifestações nas ruas e nas redes sociais podem interferir nas eleições do ano que vem.
Apesar do percentual elevado de aprovação, 58% responderam que não participaram de passeatas e não têm intenção de participar. A maioria esmagadora (60,7%) soube das manifestações pelo Facebook, enquanto 38,5% tomaram conhecimento pelos sites de notícia.
Para 49,7% dos entrevistados, o alvo dos protestos são os políticos em geral, enquanto que para 21% é o sistema político. A presidente Dilma foi apontada por 15,9% dos entrevistados como o alvo principal. O fim da corrupção é visto por 40,3% como a principal reivindicação das manifestações. Para 24,6% são os pedidos por melhoria na saúde que levaram as pessoas às ruas, enquanto 7,8% acreditam que são as melhorias na educação o ponto central dos protestos. Apenas 4,6% veem que o transporte público é a reivindicação mais importante.
Diante desse cenário, 62,1% dos entrevistados acreditam que as manifestações continuarão nas ruas e nas redes sociais e 14% dizem que os objetivos foram atendidos.