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Política

Marina rompe silêncio e pede saída de políticos denunciados

Em artigo, Marina Silva alerta para "tentativa de sabotagem" e diz que Eduardo Cunha trabalha com "manipulação"

20 jul 2015 - 15h50
(atualizado às 15h55)
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Terceira colocada na disputa presidencial de 2014 com mais de 22 milhões de votos, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva quebrou o silêncio dos últimos dias e comentou a crise política que vive o Brasil, agravada na última semana pelos novos desdobramentos da Operação Lava Jato.

"Desde já precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem", disse Marina
"Desde já precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem", disse Marina
Foto: Thiago Bernardes / FramePhoto

Em artigo publicado no domingo no blog do jornalista Matheus Leitão, Marina defende o afastamento de políticos que eventualmente sejam denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot – 52 nomes são investigados. De acordo com Marina, o afastamento dos denunciados é necessário para evitar qualquer interferência nas decisões.

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“Quando as investigações resultarem em provas e denúncias formais ao Supremo Tribunal Federal, devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes possam interferir nas decisões. Mas desde já precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem”, escreveu Marina.

Eduardo Cunha

A ex-ministra não citou nomes em seu artigo, mas fez referência ao “presidente da Câmara”, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado por um delator de ter recebido US$ 5 milhões em propina para facilitar contratos com a Petrobras – após as denúncias, Cunha anunciou seu rompimento com o governo do PT. Para Marina, o presidente da Câmara é adepto de estratégias de “manipulação”.

“Se a manipulação da crise foi o modo como o presidente da Câmara encontrou para aumentar seu poder, é normal que ele agora tente explicar as denúncias de corrupção que recebe como sendo manipulação dos outros – o governo, no caso. Não há novidade nisso e boa parte dos que saem gritando ‘fora Cunha’ parecem querer apenas aproveitar a oportunidade de apontar um novo inimigo público para desviar a atenção dos gritos de ‘fora Dilma’”, avaliou Marina.

Embora argumente que “devemos cuidar de manter as bases institucionais democráticas que construímos a duras penas”, Marina ressalta que, assim como ocorreu no passado, é possível sair de um momento de crise para uma etapa positiva.

“Assim como saímos do impeachment de Collor para outro ciclo de evolução, com a estabilização econômica nos governos de Itamar e Fernando Henrique, que possibilitou avanços sociais no governo Lula, da mesma forma podermos ser capazes de sair da crise atual para outro momento positivo”, escreveu.

Fonte: Terra
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