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Política

Marina Silva rebate críticas de Dilma e aposta em tom mais duro na campanha

1 out 2014 - 16h11
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A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, visitou nesta quarta-feira a favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde aproveitou para responder ataques feitos pela presidente Dilma Rousseff (PT) sobre sua posição na votação da CPMF quando foi senadora.

Ontem, no Rio de Janeiro, Dilma afirmou novamente que Marina votou contra a criação do imposto, ao contrário do que a presidenciável disse durante a campanha, e disse que a concorrente na corrida pelo Palácio do Planalto sofre de "desvio de caráter".

"Falta de caráter é vir em uma comunidade como Paraisópolis e não cumprir com o que se comprometeu. Isso é mentira", rebateu Marina ao indicar que a petista teria prometido a construção de um hospital no lugar durante a campanha de 2010 e não cumpriu.

Desde o último fim de semana, o PT tem feito ataques mais duros à candidatura de Marina, especialmente em relação ao posicionamento da candidata diante de alguns assuntos como a CPMF e suas propostas de governo.

A ex-senadora, que despencou nas últimas pesquisas de intenção de voto e corre o risco de não ir ao segundo turno foi incisiva em algumas propostas apresentadas em Paraisópolis e voltou a se defender de ataques da presidente.

"Não venha me chamar de mentirosa. Mentira é quem diz que não sabe que tinha roubo na Petrobras. Mentira é quem diz que não sabe que está acontecendo corrupção neste país. Mentira é quem diz que ia fazer 6 mil creches e fez apenas 400. O que eu estou dizendo aqui não é nenhuma mentira contra a nossa presidente", destacou.

Marina, que adotou um tom mais enfático, também fez críticas quando questionada por suas "companhias" e considerou como "contradição" os relacionamentos da presidente com alguns políticos.

"As companhias que a presidente tem como Collor, Sarney, Maluf, Renan Calheiros, Jarder Barbalho e tantas outras, essa sim é a contradição mais profunda hoje", ironizou.

Candidato à vice-presidente na chapa do PSB, Beto Albuquerque, que acompanhou Marina na visita à comunidade paulista, também respondeu em tom elevado às críticas do PT.

"Os ataques passaram do limite. Se o Rui Falcão (presidente do PT) está preocupado com a CPMF, nós estamos preocupados com a corrupção na Petrobras", declarou.

Durante a visita, Marina gravou seu último programa eleitoral no primeiro turno, que vai ao ar na quinta-feira. Ela foi recebida pela apresentação da Orquestra Filarmônica e Ballet de Paraisópolis, conversou com moradores e garantiu que, caso eleita, fará a primeira visita ao local como havia prometido a Eduardo Campos em julho.

A ex-senadora também ironizou o distanciamento do governo das comunidades, dizendo que a "realidade não é a da propaganda de TV política, fantasiosa".

EFE   
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