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Política

Marina: acusações tentam desviar foco do Código Florestal

12 mai 2011 - 17h33
(atualizado às 18h30)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

A ex-senadora Marina Silva (PV) afirmou nesta quinta-feira que as acusações da qual tem sido alvo desde que estava à frente do Ministério do Meio Ambiente são uma tentativa de intimidação. Teriam como objetivo ainda desviar o foco do debate do Código Florestal, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Durante mais uma tentativa de votação do texto, já no início da madrugada desta quinta, no plenário da Câmara, o relator da matéria, deputado Aldo Rebelo (PCdoB) exaltou-se ao responder a uma mensagem de Marina Silva no Twitter. Segundo o parlamentar, Marina teria postado que o relator fraudara o texto. "Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa quando era líder do governo", disse, referindo-se a Fábio Vaz de Lima, citado em denúncias de supostas fraudes no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Ele classificou a manifestação da ex-senadora de "leviandade".

O termo foi o mesmo usado pela ex-senadora nesta quinta ao comentar o ocorrido: "em relação a essas acusações, eu não tenho nenhum receio contra elas. Quem me conhece, conhece meu marido, sabe que as acusações são falsas, são levianas".

A ex-ministra disse que quando chefiava a pasta houve um processo de investigação do Ibama com a Polícia Federal, que resultou na prisão de 725 pessoas, apreensão de 1 milhão de m³ de madeira, proibição de 37 mil propriedades de grilagem e aplicação de R$ 4 bilhões em multas. Depois da operação, disse Marina, começaram a circular "dossiês apócrifos" com acusações.

Em 2004, um requerimento apresentado à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara pediu a presença de Fábio Vaz de Lima para prestar esclarecimentos sobre denúncias de superfaturamento em contratações do Ibama. Para Marina, tratou-se de um movimento "fazendo coro com os que queriam me intimidar". "Coisa que jamais aconteceu. Até o ultimo momento que fiquei no ministério, os senhores conhecem a tenacidade como combati aqueles que são contrários ao cumprimento da legislação ambiental brasileira".

Marina considerou "correto" o adiamento da votação alegando que não houve tempo para "evitar as inúmeras pegadinhas" do texto. E citou como um dos pontos dos quais discorda e que ainda precisam ser debatidos a diminuição para 15 m da área a ser preservada à margem de rios de até 10 m de largura.

Fonte: Terra
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