PUBLICIDADE

Polícia

Maria do Rosário defende novo referendo sobre desarmamento

12 abr 2011 - 11h55
(atualizado às 12h11)
Compartilhar
Luciana Cobucci
Direto de Brasília

A ministra-chefe da Secretaria de Diretos Humanos, Maria do Rosário, defendeu nesta terça-feira a realização de um novo referendo para proibir a venda de armas a civis. A proposta foi defendida ontem pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A questão foi levantada após um homem armado invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, na última quinta-feira, e atirar contra os estudantes.

Imagens mostram frieza de assassino em escola de Realengo:

Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo

Veja localização de escola invadida por atirador

Para Rosário, o principal problema do livre comércio é que a metade das armas de fogo que circulam no Brasil está em situação ilegal e acaba caindo nas mãos de bandidos. "O Brasil precisa desse processo de desarmamento. Está claro que temos 16 milhões de armas no País e 50% delas são clandestinas, o que acaba motivando situações de crimes não só como esse, que aconteceu no Rio, mas contra mulheres e crianças, sem contar que a maioria dos acidentes com arma de fogo no Brasil envolve crianças", disse.

"Se tivermos clareza de que o objetivo de uma nova jornada de desarmamento são as armas ilegais e a sensibilização daqueles que possuem armas de que aquelas armas são as que caem nas mãos dos assassinos, podemos reverter e reduzir o número de mortes por armas de fogo no Brasil", ponderou.

Rosário esteve nesta manhã no Senado Federal junto com a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, e a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, para a instalação da Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher, que elegeu as senadoras Ângela Portela (PT-RR) como presidente e Lídice da Mata (PSB-BA) para a vice-presidência. Mais cedo, as ministras estiveram reunidas com o presidente da Casa para tratar da instalação da subcomissão.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade