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Lula: opositores não foram capazes de fazer política externa

20 abr 2010 - 15h08
(atualizado às 16h19)
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Sandro Lima
Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira a política externa brasileira das críticas sofridas ao longo de seu mandato durante cerimônia de formatura de novos diplomatas, no Itamaraty, em Brasília. Segundo o presidente, "os que não foram capazes de fazer vão começar a ser contra (a política externa)".

Lula e Marisa posam ao lado da atriz Taís Araújo durante a cerimônia do Dia do Diplomata, no Itamaraty
Lula e Marisa posam ao lado da atriz Taís Araújo durante a cerimônia do Dia do Diplomata, no Itamaraty
Foto: Ricardo Stuckert/PR / Divulgação

Por ser sua última participação como presidente em uma formatura de diplomatas, Lula fez um balanço das ações de governo na área externa e citou como fatores positivos a aproximação com a África e a Ásia, a parceria com países emergentes em diversos fóruns internacionais e o crescente protagonismo do Brasil. "O Brasil começou a ficar importante, a gerar ciúme e ganhar inimigos", disse o presidente.

Segundo Lula, o Brasil tem orgulho e não precisa mais "tirar os sapatos" para entrar em Nova York. A declaração foi uma referência a um ministro do governo anterior que teria tirado os sapatos durante revista para entrada nos Estados Unidos. "Ministro que tirar sapato, deixará de ser ministro", afirmou. Lula lembrou ainda a recente vitória do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos na questão dos subsídios à produção de algodão.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também reclamou das críticas à política externa brasileira. Segundo ele, existia um preconceito em relação a participação do Brasil na discussão e resolução de problemas internacionais. "Acabamos com a velha opinião de que o Brasil precisa pedir licença para tratar de assuntos internacionais", afirmou.

Sobre a questão nuclear envolvendo o Irã, Amorim reiterou o apoio do Brasil a uma solução negociada. Segundo ele, o Brasil não está favor dos Estados Unidos ou do Irã, mas a favor da paz. "Queremos evitar, nesse caso, uma tragédia como ocorreu no Iraque", disse. O Irã declara querer produzir energia nuclear com fins pacíficos, mas o Estados Unidos se opõem, por entender que o Irã pretende produzir armas nucleares.

Fonte: Redação Terra
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