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Política

Lula afirma que solicitação de investigação é "ofensiva e inaceitável"

3 mai 2016 - 21h56
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra uma investigação contra ele está baseado em "suposições e hipóteses sem qualquer valor de prova"

Por meio de um comunicado, Lula qualificou a denúncia apresentada por Janot como "ofensiva e inaceitável" e como uma "antecipação de juízo".

O ex-presidente destacou que a denúncia se baseia "unicamente na palavra de um criminoso", em alusão ao senador Delcídio do Amaral, que envolveu a presidente Dilma Rousseff e Lula no escândalo de corrupção da Petrobras.

Com base na delação premiada de Delcídio, Janot pediu a inclusão de 31 nomes no maior inquérito da Operação Lava Jato em andamento no STF, entre eles Lula, os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social), e o chefe de gabinete da presidência, Jaques Wagner, além de outros 27 políticos.

Em sua resposta, Lula reiterou que "não teme investigações", que sempre colaborou com a Justiça e ressaltou que "não participou nem direta nem indiretamente de qualquer dos fatos investigados na Operação Lava Jato".

No pedido, Janot destaca que "no âmbito dos membros" do PT há novos elementos que demonstram que a "organização criminosa" que atuou na Petrobras "teve um alcance mais amplo do que se imaginava" e "com uma enorme concentração de poder dos chefes da organização".

O procurador-geral ressalta que a "organização criminosa" que atuou na companhia petrolífera estatal "jamais" poderia ter funcionado por tanto tempo e de "uma forma tão ampla e agressiva" no âmbito do governo federal sem a participação do ex-presidente.

Lula, que foi designado ministro da Casa Civil por Dilma, mas ainda não pôde assumir devido a uma ordem judicial, já era alvo de duas investigações por suposta corrupção e lavagem de dinheiro em dois tribunais comuns, mas a procuradoria pediu agora que seja interrogado na principal corte do país.

EFE   
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