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Política

Lobão volta na cota de Sarney, mas com apoio de Dilma

8 dez 2010 - 20h48
(atualizado às 21h52)
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Depois de uma passagem de aproximadamente dois anos pela pasta durante o governo Lula, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) volta a ocupar o cargo de ministro de Minas e Energia na gestão de Dilma Rousseff - ela própria uma ex-ministra na área.

Lobão já ocupou a pasta na gestão de Lula
Lobão já ocupou a pasta na gestão de Lula
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Entusiasta da energia nuclear, Lobão poderá tirar do papel o programa do governo de construir usinas no Nordeste para desenvolver a região. Ele chegou a prometer, na sua primeira gestão no MME (de janeiro de 2008 a março de 2010), a construção de 50 usinas de mil megawatts cada em 50 anos.

Eleito para o Senado pelo Maranhão nas eleições de outubro, Lobão há três décadas tem sua carreira política ligada ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Antes sem experiência em energia ou em mineração, o parlamentar conquistou a confiança da presidente eleita e, no seu segundo mandato, estará à frente da implantação de dois novos e importantes marcos regulatórios: do petróleo e da mineração, este último ainda na gaveta do MME.

Formado em direito e em comunicação, Lobão, 74 anos, seguiu carreira no jornalismo e trabalhou em vários órgãos da imprensa desde o período anterior ao golpe de 1964 até o fim da década de 1970, incluindo a chefia da sucursal de Brasília da Rede Globo.

Pelas mãos de Sarney, ele entrou para a vida pública em 1979, eleito deputado federal pelo PDS, partido que sucedeu a Arena na sustentação do Regime Militar (1964-1985). Reelegeu-se e em 1986 conquistou o cargo de senador pelo PFL, hoje DEM, sigla que o acolheu a pedido de Sarney, já presidente da República, após a morte de Tancredo Neves, eleito pelo Colégio Eleitoral no ano anterior.

O político interrompeu a passagem pelo Senado para ser eleito, sempre com o apoio de Sarney, para o governo do Maranhão, entre 1991 e 1994. No mesmo ano em que deixou o Palácio dos Leões venceu a disputa para voltar ao Senado, ainda pelo PFL, partido do qual seria líder na Casa.

Em 2001, após a renúncia do então presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), envolvido em denúncias de corrupção, Lobão assumiu o cargo para completar o mandato do peemedebista. Em 2002, teve renovado o mandato no Senado.

O político nascido em Mirador, no Maranhão, trocou o DEM pelo PMDB em 2008 para ser nomeado ministro. Desde 2002, Lobão é casado com Nice Lobão, deputada federal. Ele tem três filhos, que são sócios da Rádio e TV Difusora do Maranhão.

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