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Política

Líder do PSC pede que Feliciano reavalie permanência em comissão

Partido nega que tenha pedido a renúncia do deputado, mas diz estar preocupado com manifestações que impedem os trabalhos da comissão

20 mar 2013 - 17h09
(atualizado às 17h13)
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Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Foto: Reprodução

O líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), pediu nesta quarta-feira que o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) reavalie a sua permanência à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH). Desde que foi eleito presidente do colegiado, Feliciano vem sendo contestado por grupos ligados a movimentos sociais e mesmo por deputados contrários às suas posições, que criaram, nesta quarta-feira, uma Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, que atuaria de forma paralela à comissão. As informações são da Agência Câmara.

Embora tenha dito que não pediu que o pastor renunciasse, André Moura afirmou que o partido está preocupado, porque as manifestações, tanto contrárias quanto de apoio ao deputado Feliciano, estão impedindo os trabalhos da comissão. "Ele está eleito como presidente e só cabe a ele essa decisão. Mas ele se comprometeu a refletir sobre o assunto, e a bancada está confiante de que ele tomará a melhor decisão", disse o líder do PSC.

Ontem, a bancada do PSC pediu explicações a Feliciano sobre a divulgação de um vídeo em sua página no Twitter com ataques a defensores dos direitos dos homossexuais e a deputados. Após a reunião da bancada, André Moura disse que o partido não concorda com esse tipo de atitude e que o deputado Feliciano foi orientado a trabalhar e produzir na comissão.

Segundo o líder do PSC, Feliciano disse aos integrantes da bancada que não tinha nenhuma relação com o vídeo e que tomou conhecimento sobre ele por meio da assessoria. "Entendemos que essa resposta foi suficiente", disse o líder. "Não concordamos com esse tipo de vídeo e o compromisso que ele assumiu com a bancada foi fazer um trabalho produtivo na comissão."

"A alegação foi que o vídeo não era de autoria dele. A assessoria 'retuitou' sem a autorização dele. A nossa posição é que esse tipo de vídeo não contribui em nada para que possamos ter um trabalho produtivo na comissão e cabe ao Pastor Marco Feliciano, por meio da força do trabalho dele, dar resposta à sociedade e esperamos que esse seja o comportamento dele daqui para frente", disse André Moura.

Com o título Marco Feliciano Renuncia, o vídeo de pouco mais de oito minutos, retuitado na segunda-feira pela conta do pastor no Twitter, mostra cenas de simpatizantes da causa homossexual em atos violentos e exibe frases de deputados contrários à eleição do pastor para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. O vídeo diz, ainda, que Feliciano decidiu renunciar de sua privacidade, para não renunciar à Comissão de Direitos Humanos, para que as famílias sejam preservadas.

Nesta quarta-feira, os membros da recém-criada Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos afirmaram que vão entrar com uma representação contra Feliciano pelo vídeo. As imagens mostram declarações de deputados militantes da causa LGBT, como Jean Wyllys (Psol-RJ). O vídeo acusa Wyllys de ter "preconceito contra cristãos". "Deputados organizaram de forma obscura a manipulação de protestos para coagi-lo a desistir. Líderes que fazem discursos políticos inflamados no preconceito contra cristãos", diz o texto lido por uma voz distorcida.

Fonte: Terra
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