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Política

Levy alega resfriado e diz que não pensou em deixar governo

Ministro da Fazenda tossiu ao justificar ausência no anúncio de cortes no Orçamento e negou divergências

25 mai 2015 - 13h21
(atualizado às 13h31)
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Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante encontro em Brasília, em 05 de maio
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante encontro em Brasília, em 05 de maio
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tossiu em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira ao justificar a ausência no anúncio dos cortes do Orçamento de 2015, na última sexta-feira. Levy disse que estava resfriado, descartou divergências na equipe econômica do governo e negou que tenha pensado em sair do governo.  

“Não houve nenhuma divergência, nada, estava não sei se gripado, resfriado, enfim”, disse o ministro, antes de tossir no microfone e arrancar risadas de jornalistas no salão leste do Palácio do Planalto. “Não tinha nenhuma divergência, não tinha nada, houve um certo alvoroço nessa história. Não entendi muito bem por quê. ”

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Questionado se havia pensado em sair do governo depois da decisão do corte abaixo de sua estimativa, Levy negou. “Eu não pensei em nada de sair (do governo)”, disse, fora dos microfones.

O corte de 69,9 bilhões no Orçamento foi divulgado na sexta-feira passada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A presença de Levy chegou a ser anunciada pela assessoria do ministério, mas o titular da Fazenda não apareceu.

No início da semana passada, Levy, principal articulador do ajuste fiscal do governo, estimou que o contingenciamento ficaria entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, valor inferior ao concretizado.

Nesta segunda-feira, Nelson Barbosa faltou à reunião de coordenação da presidente Dilma Rousseff, mas o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, antecipou-se em evitar questionamentos. “O ministro Nelson Barbosa não veio hoje, mas ele não pegou a gripe do Levy, ele não veio porque está em atividade com investidores no Ministério do Planejamento”, disse.

Votações no Congresso

Levy e Mercadante foram os porta-vozes da reunião dos ministros de Dilma. Os dois anunciaram que os esforços do governo serão intensificados para aprovar três medidas provisórias que ainda precisam ser aprovadas pelo Senado.

As MPs 665 (que muda seguro-desemprego e abono salarial) e 664 (que altera regras da pensão por morte) sofrem resistência por parte da base aliada e de dois senadores do PT, Paulo Paim (RS) e Lindberg Farias (RJ).

Para Mercadante, a dissidência no Senado é isolada. “No Senado, tem uma ampla maioria favorável, temos alguma dissidência, mas eu diria que é muito isolada”, disse.

Na Câmara, o governo tenta aprovar o projeto de lei que reduz a desoneração na folha de pagamento. O ministro da Casa Civil admitiu que é preciso mudar a política. “Estamos corrigindo uma parte da desoneração que foi muito longe. E cortando despesas, porque isso vai ajudar a inflação a cair”, afirmou.

‘Levy é muito importante para o Brasil hoje’, afirma Dilma:
Fonte: Terra
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