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Kerry tem reunião com Dilma e diz que EUA aguardam sua visita

13 ago 2013 - 20h12
(atualizado às 20h55)
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<p>Dilma recebe Kerry no Palácio do Planalto</p>
Dilma recebe Kerry no Palácio do Planalto
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Após encontro de cerca de uma hora com a presidente Dilma Rousseff, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a reunião foi muito boa e que o governo dos Estados Unidos está aguardando a ida da mandatária ao seu país. Dilma vai aos Estados Unidos em outubro.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira, também participaram da reunião entre Dilma e Kerry, no Palácio do Planalto. 

Antes, o secretário de Estado se reuniu com Patriota, no Ministério das Relações Exteriores, onde conversaram sobre o esquema de espionagem feito por agências dos EUA, que atingiu o Brasil e outros países latino-americanos; a facilitação da entrada de brasileiros em território americano e a ampliação de acordos e parcerias estratégicas entre os dois países.

Mais cedo, Kerry conheceu estudantes do Programa Ciência sem Fronteiras que vão estudar nos Estados Unidos e se encontrou com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. 

Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

Agência Brasil Agência Brasil
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