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Política

Justiça bloqueia R$ 47 milhões de investigados na Lava Jato

Maior valor foi encontrado nas contas bancárias de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 22,6 milhões; Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, tinha R$ 3,2 milhões

20 nov 2014 - 16h17
(atualizado em 21/11/2014 às 11h30)
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<p> Ricardo Pessoa foi um dos detidos na Operação Lava Jato</p>
Ricardo Pessoa foi um dos detidos na Operação Lava Jato
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

A pedido do juiz federal Sérgio Moro, o Banco Central (BC) bloqueou R$ 39,1 milhões depositados nas contas bancárias de 16 investigados pela Operação Lava Jato e outros R$ 8,5 milhões de empresas suspeitas.

O maior valor encontrado estava nas contas de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix: R$ 22,6 milhões. Almada continua preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba com mais 12 presos na sétima fase da operação, batizada de Juízo Final.

O presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, por sua vez, mantinha R$ 10,2 milhões em contas bancárias – ele também continua preso. Também tiveram as contas bloqueadas os presidentes da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho (R$ 52,3 mil), e da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini (R$ R$ 852,3 mil), além do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite (R$ 463,3 mil). Todos permanecem presos.

Já nas contas de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, e Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa, o BC não encontrou um centavo sequer. Fonseca continua preso, mas Carreiro foi solto na última terça-feira com outros dez investigados.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que também encontra-se detido na carceragem da PF em Curitiba, teve R$ 3,2 milhões bloqueados pelo BC. Segundo depoimentos de investigados à PF, Duque recebia propina enquanto estava no cargo.

Quanto ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, a Justiça bloqueou um total de R$ 8,8 mil de suas contas pessoais. Baiano é apontado como operador do esquema de corrupção no PMDB, mas tanto o partido quanto a defesa do empresário negam. O depoimento de Baiano à PF está marcado para esta sexta-feira em Curitiba.

Todos os valores encontrados foram transferidos para uma conta da Justiça Federal na Caixa Econômica Federal, para eventual ressarcimento de danos ao erário.

Veja outros empresários que tiveram dinheiro bloqueado:
Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão (solto): R$ 166,5 mil
Ildefonso Colares Filho, ex-diretor da Queiroz Galvão (solto): R$ 7,5 mil
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor da OAS (preso): R$ 46,8 mil
Walmir Pinheiro Santana, diretor-financeiro da UTC (solto): R$ 9,3 mil
José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS (preso): R$ 691 mil
Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente-executivo da Mendes Júnior (preso): R$ 700,4 mil
João Ricardo Auler, presidente do Conselho da Camargo Corrêa (preso): R$ 101,6 mil
Fonte: Terra
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