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Julgamento do Mensalão

Defesa de ex-deputado do PP cria defesa interativa para iPad

9 ago 2012 - 14h10
(atualizado às 16h25)
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Os advogados do ex-deputado Pedro Corrêa desenvolveram um aplicativo para iPad para mostrar aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) uma defesa interativa do ex-presidente do PP, acusado de envolvimento no recebimento de dinheiro do mensalão. Segundo o advogado Marcelo Leal, o app, que poderá ser baixado a partir desta sexta-feira gratuitamente, tem como objetivo suprir a carência da apresentação audiovisual, que foi vetada pelo Supremo na semana passada.

Marthius Sávio Cavalcante Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, defende seu cliente no plenário do Supremo Tribunal Federal
Marthius Sávio Cavalcante Lobato, advogado de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, defende seu cliente no plenário do Supremo Tribunal Federal
Foto: José Cruz / Agência Brasil

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"Além dos memoriais escritos para os ministros, produzimos um memorial eletrônico, na forma de aplicativo de iPad. Será uma nova forma de transmitir a defesa", disse Leal, que defenderá seu cliente nesta quinta-feira.

Presidente do PP à época do escândalo do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa autorizou, segundo a denúncia, o assessor do partido João Cláudio Genu a sacar R$ 700 mil do valerioduto. A acusação afirma que parlamentares do PP receberam R$ 2,9 milhões para votar a favor do governo Lula na Câmara. Cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, Corrêa é réu por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.

Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

Presidente do PP à época do escândalo do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa autorizou, segundo a denúncia, o assessor do partido João Cláudio Genu a sacar R$ 700 mil do valerioduto. A acusação afirma que parlamentares do PP receberam R$ 2,9 milhões para votar a favor do governo Lula na Câmara. Cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, Corrêa é réu por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Fonte: Terra
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