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Julgamento do Mensalão

Gurgel se despede do Supremo e critica demora na escolha para PGR

14 ago 2013 - 21h13
(atualizado em 15/8/2013 às 17h14)
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se despediu nesta quarta-feira da chefia do Ministério Público em sua última sessão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deixa o cargo oficialmente amanhã, após quatro anos de mandato. Em seu lugar, assumirá, interinamente, a subprocuradora-geral da República Helenita Acioli.

Gurgel aproveitou sua saída para criticar a demora na escolha do substituto. Em abril, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) enviou ofício à presidenta Dilma Rousseff com a lista tríplice de candidatos para ocupar o cargo de procurador-geral da República. O candidato mais votado na eleição organizada pela entidade foi o subprocurador-geral Rodrigo Janot. Também fazem parte da lista as subprocuradoras Ela Wiecko e Deborah Duprat.

“A interinidade é altamente indesejável. Infelizmente, nós estamos indo pela terceira vez para uma interinidade na Procuradoria Geral da República e é um cargo que é em tudo incompatível com essa interinidade. Então, é fundamental que a presidente da República, no menor prazo possível, faça a sua indicação para que possa ser apreciada pelo Senado e possa ser empossado definitivamente”, disse ao fim da sessão.

O procurador foi homenageado pelos ministros do Supremo. Joaquim Barbosa, ex-quadro do MP, elogiou o trabalho conduzido por Gurgel à frente do Ministério Público, especialmente no período em que trabalhou no processo do mensalão.

“Ele exerceu com brilho o cargo. A independência do Ministério Público é fundamental para todas nossas instituições democráticas. O Ministério Público promove a cidadania. Durante a sua atuação, Roberto Gurgel sempre exerceu sua funções com sobriedade. Sua atuação reflete a defesa da autonomia do Ministério Público”, disse Barbosa.

O ministro Celso de Mello também prestou homenagem ao procurador-geral da República. “Desejo saudar, por sua importante atuação no MP, pelo privilégio de tê-lo tido, nesta suprema Corte, como chefe da procuradoria-geral da República”, disse.

Emocionado e com a voz embargada, Gurgel agradeceu. “O momento para mim é de grande emoção. Aqui passei oito anos. Aqui estive como vice-procurador-geral da República e outros quatro anos como procurador-geral da República. Período que pude presenciar decisões de notáveis. Constitui honra imensa representar essa instituição. Agradeço a atenção que sempre me dedicaram os estimados funcionários da casa. Muito obrigado à todos, por tudo”, declarou.

Fonte: Terra
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