Veja as penas que os principais réus do mensalão podem ter

O STF iniciou a fase de cálculo das penas no processo do mensalão. Considerando a modalidade concurso material, quando as penas de cada crime são somadas; e que, no Brasil, não se pode ficar preso mais que 30 anos; veja como os principais réus do caso poderão ser punidos. O cálculo, feito com auxílio de um especialista, levou em conta a lei sobre corrupção alterada em 2003, quando de um a oito anos, a pena foi para de dois a 12 anos

José Dirceu - de 6 a 20 anos de prisão: condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, que, respectivamente, o ex-ministro da Casa Civil, assim como todos os outros condenados, poderá ter sua pena convertida em prestação de serviços para a comunidade caso ela seja fixada na faixa entre dois e quatro anos

Marcos Valério - de 21 a 96 anos de prisão: um dos réus condenado por mais crimes, o empresário foi culpado nas acusações de três corrupções ativas, três peculatos, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas. Até ontem, as penas sobre corrupção, formação de quadrilha e peculato já haviam sido calculadas e ele condenado a 11 anos e oito meses de prisão, além do pagamento de multa no valor de R$ 978 mil

José Genoino - de 6 a 20 anos de prisão: condenado pelos mesmos crimes que Dirceu e Delúbio, além dos anos de prisão, assim como todos condenados, o ex-presidente do PT pode ter que pagar um valor de multa pelos delitos cometidos. Segundo a legislação, os réus condenados a penas acima de oito anos as cumprem em regime fechado

Roberto Jefferson - de 5 a 22 anos de prisão: o presidente do PTB foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que além de até dez anos de prisão, prevê o pagamento de multa. Mesmo com a dosimetria finalizada, os advogados de defesa poderão acionar o STF com recursos questionando pontos da sentença

Delúbio Soares - de 6 a 20 anos de prisão: assim como Dirceu, o ex-tesoureiro do PT cometeu os crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Além da possibilidade de conversão de penas citada no caso do ex-ministro, Delúbio e os outros condenados, quando suas penas ficarem entre quatro e oito anos de prisão, poderão cumprir suas condenações em regime semiaberto (trabalhar durante o dia fora da prisão e passar a noite e finais de semana na cadeia)