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Julgamento do Mensalão

Dirceu: Renan Calheiros é vítima de campanha de falso moralismo

31 jan 2013 - 16h48
(atualizado às 16h51)
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Condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) defendeu nesta quinta-feira, em seu blog, a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. De acordo com Dirceu, o peemedebista é alvo de uma "campanha de falso moralismo" baseada em denúncias antigas, "com o objetivo de dividir a base de apoio do governo".

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) participou, na noite desta quarta-feira, de um evento organizado para contestar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), o "Ato pela anulação do julgamento do mensalão" debateu os "notórios e graves erros cometidos pelo STF" no processo, trazendo Dirceu como "convidado especial"
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) participou, na noite desta quarta-feira, de um evento organizado para contestar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), o "Ato pela anulação do julgamento do mensalão" debateu os "notórios e graves erros cometidos pelo STF" no processo, trazendo Dirceu como "convidado especial"
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

"O que estamos assistindo em relação ao senador Renan Calheiros é, de novo, uma ofensiva midiática dando cobertura a denúncias contra ele concertadas com ações do Ministério Público Federal (MPF) e com intervenções de grupos organizados, como aconteceu ontem frente ao Congresso Nacional", disse Dirceu, referindo-se ao protesto realizado na noite de quarta-feira. Utilizando 81 vassouras, baldes e pano de chão, os manifestantes exigiram um presidente "ficha limpa" para o Senado.

"O símbolo ontem dos manifestantes em frente ao Congresso Nacional era a vassoura. Mudar mesmo fazendo a reforma política e administrativa nem pensar. Estes neoudenistas dos novos tempos se opõem a ferro e fogo ao financiamento público e ao voto em lista. Observem, também, que à frente dessas campanhas de agora há sempre deputados e senadores defensores da mídia e inimigos de qualquer regulação", criticou Dirceu.

De acordo com o ex-ministro, a mídia faz campanha baseada na falsa ideia de que o Executivo é o responsável pela eleição dos presidentes do Senado e da Câmara, "ou que eles só se elegem por contar com o apoio do Planalto". "Foi o povo que elegeu o Congresso e decidiu, pelo voto, por sua vontade soberana, que PSDB-DEM seriam oposição e minoria e PT-PMDB formariam e dirigiriam uma coalizão majoritária que, como tal, tem o dever de eleger os presidentes do Senado e da Câmara e, respeitado o critério da proporcionalidade, preencher os demais cargos da Mesa nas duas Casas", argumentou.

Para Dirceu, Renan Calheiros é alvo da "mesma campanha falso-moralista que levou o presidente Jânio Quadros ao Planalto (1960) porque ia 'varrer a corrupção'; os militares ao poder porque eles 'combatiam a corrupção e a subversão'; e depois elegeu o presidente Fernando Collor, o caçador de marajás". Curiosamente, Collor, hoje senador, integra a base aliada do governo Dilma.

Fonte: Terra
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