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Política

Jornal: mesmo com cortes, Senado mantém "regalias" de parlamentares

7 mai 2013 - 05h50
(atualizado às 05h50)
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Apesar do corte de gastos de mais de R$ 300 milhões anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando assumiu seu cargo, uma série de "regalias" concedidas aos parlamentares foram mantidas, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira. Entre os benefícios preservados estão a manutenção de nove funcionários, com remuneração líquida entre R$ 14 mil e R$ 20 mil, para fazer check-in e despachar malas dos senadores. Eles atuam no Aeroporto de Brasília, onde os congressistas têm à sua disposição uma espécie de sala "vip". Por mês, cada senador tem direito a cinco passagens aéreas de ida e volta da capital do seu Estado para Brasília, com liberdade para adaptar datas à própria agenda - o que leva o Senado a pagar com frequência tarifas cheias - sem descontos oferecidos pelas companhias aéreas. No desembarque, os senadores têm carro e motorista pagos com recursos da Casa.

Os principais alvos dos cortes de Calheiros são os servidores da Casa. Foram extintos, por exemplo, o serviço ambulatorial gratuito no Senado, contratos de mão de obra com empresas terceirizadas e funções de assessores. Os senadores, porém, continuam desfrutando de benefícios como atendimento médico sem limite de reembolso (extensivo a cônjuges e dependentes até 21 anos), assinatura de revistas e jornais por conta do Senado e reembolso ilimitado para gastos com telefones celulares. Entre outros gastos listados pelo jornal, estão os garçons exclusivos para o plenário e para a sala de cafezinho do Senado, que ganham de R$ 6 mil a R$ 10 mil para servir um cardápio com queijo picadinho e misto quente. Renan Calheiros, por sua vez, tem uma espécie de "mordomo" na residência oficial, que ganha cerca de R$ 11,3 mil líquidos. Apenas quatro dos 41 servidores que cuidam dos "mimos" dos senadores ganharam menos de R$ 10 mil em março e nove deles receberam mais de R$ 20 mil líquidos no mês, segundo o Portal da Transparência do Senado. Nesse mesmo período, a remuneração líquida da presidente Dilma Rousseff foi de R$ 19,8 mil.

Fonte: Terra
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