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Política

Jornal: FHC apoia firmeza de Dilma em relação às greves

15 ago 2012 - 09h09
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu, nesta terça-feira, em defesa da postura do governo federal em relação às greves dos servidores públicos. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff endureceu as negociações porque o País enfrenta um momento de dificuldade financeira, ao contrário do que ocorria na maior parte do governo Lula. "A presidente Dilma está num momento de dificuldade financeira fiscal e muita pressão dos funcionários que se habituaram ao governo Lula, que tinha mais folga, a receber aumentos. Ela não tem a mesma condição, ela não pode, então ela enrijeceu. Não vejo como ela pudesse não enrijecer", disse. As informações são do jornal O Globo.

Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

Sobre a popularidade de Dilma, Fernando Henrique foi enfático: "O povo está achando que ela está direita, mesmo contrária a essas posições antigas do PT." O ex-presidente participou ontem, em São Paulo, de um seminário promovido pela Fundação Nacional da Qualidade. A uma plateia de empresários, falou de educação e defendeu sistemas compensatórios no lugar de cotas raciais nas universidades.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Fonte: Terra
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