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Política

Jô Soares, Playboy... Veja 10 curiosidades sobre o mensalão

Olho roxo, proposta para posar na Playboy e citação a novela fizeram parte do escândalo do mensalão

3 jun 2015 - 09h18
(atualizado às 09h24)
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1. Para poder julgar o processo do mensalão, os ministros do Supremo Tribunal Federal precisaram tomar conhecimento das 50.389 páginas que a Ação Penal 470 continha. A papelada era dividida em 234 volumes e 500 apensos e ficava guardada em uma sala-cofre do Supremo.

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2. Durante o julgamento do mensalão, a TV Justiça, que transmitiu as sessões, viu a audiência subir. Apesar de ter transmissão via satélite na TV, foi via internet que os números mostraram a repercussão do maior julgamento da história do STF. Na abertura dos trabalhos, no dia 2 de agosto de 2012, foram 50 mil acessos ao site da TV Justiça. Em outros julgamentos, a média era de 1,5 mil.

Sessões do julgamento foram transmitidas pela TV Justiça
Sessões do julgamento foram transmitidas pela TV Justiça
Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF / Divulgação

3. A secretária do publicitário Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio, divulgou, à época do escândalo do mensalão, que estava negociando fazer um ensaio nu para a revista Playboy. O cachê seria de R$ 2 milhões e as fotos incluiriam até poses sobre malas de dinheiro. Mas a ideia do ensaio nunca virou realidade.

Fernanda Karina Somaggio afirmou ter sido sondada para um ensaio sensual na revista Playboy
Fernanda Karina Somaggio afirmou ter sido sondada para um ensaio sensual na revista Playboy
Foto: Wikipédia

4. Ao todo foram ouvidas cerca de 650 testemunhas de defesa em mais de 40 municipios situados em 18 Estados do País e no exterior ao longo de todo o processo.

5. O juíz mais rápido a ouvir as testemunhas do mensalão foi o mineiro Alexandre Buck, que recolheu o depoimento de 98 testemunhas de defesa em três semanas. Considerando que os depoimentos foram dados apenas em dias úteis, a média de testemunhas ouvidas por dia foi de mais de seis.

6. No auge da crise do mensalão, em 2005, o delator do esquema, Roberto Jefferson, apareceu para depor na CPI dos Correios com um olho roxo. O então deputado rechaçou especualções de uma agressão, afirmando que se envolveu em um acidente doméstico.

Roberto Jefferson falou na CPI dos Correios com um olho roxo
Roberto Jefferson falou na CPI dos Correios com um olho roxo
Foto: Agência Senado

7. O advogado Leonardo Yarochewsky, que defendia a acusada no mensalão Simone Vasconcelos, citou a novela "Avenida Brasil", que fazia sucesso à época, para criticar o que chamou de banalização do crime de formação de quadrilha. "Até na novela das oito a Carminha disse que ia processar a Nina por formação de quadrilha. É bonito isso, né?", disse Leonardo, se referindo às duas personagens principais e inimigas na trama. 

As personagens Carminha (sentada) e Nina foram usadas pelo advogado Leonardo Yarochewsky
As personagens Carminha (sentada) e Nina foram usadas pelo advogado Leonardo Yarochewsky
Foto: TV Globo / Divulgação

8. O procurador-geral da república, Roberto Gurgel, foi alvo dos advogados durante o processo do mensalão. O advogado Itapoã Prestes de Messias, que defendia o ex-dirigente do PTB Emerson Palmieri, disse que o procurador se parecia com o apresentador Jô Soares: "Vossa excelência tem até uma aparência agradável, gentil, lembra até um pouco o jeito do Jô Soares, um jeito agradável de ser", disse Itapoã.

Jô Soares (esquerda) e Roberto Gurgel foram comparados pelo advogado Itapoã Prestes de Messias
Jô Soares (esquerda) e Roberto Gurgel foram comparados pelo advogado Itapoã Prestes de Messias
Foto: Divulgação

Já o advogado Maximiliano Leal Telesca Mota, então defensor de Anita Leocádia, citou o compositor Cazuza para atacar Gurgel: "sua piscina está cheia de ratos, mas suas ideias não correspondem aos fatos", disse Maximiliano ao procurador.

Defesa de ex-assessora do PT pede serenidade para analisar Mensalão:

10. O então ministro do STF e relator do processo, Joaquim Barbosa, se exaltou e discutiu com outros ministros diversas vezes durante o julgamento. Em uma delas, quando o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, teve entendimento diferente dele no julgamento de Emerson Palmieri, Barbosa discutiu fortemente com seu colega.

Quando Lewandowski disse ao relator que não lhe dissesse o que tinha que fazer, Barbosa respondeu: "Faça-o corretamente". O ministro Marco Aurélio entrou no meio da discussão e disse ao relator: "policie a sua linguagem. Não há campo para vossa excelência ficar agredindo os colegas". Barbosa respondeu que sabia usar o vernáculo. 

Durante o julgamento dos embargos infringentes, Barbosa discutiu ainda com o ministro Roberto Barroso. O relator não aceitou o julgamento diferente de Barroso e disse: "Sua decisão não é técnica, é simplesmente política". Ao que o ministro respondeu: "há um esforço para depreciar quem pensa diferentemente. Com todo o respeito, é um déficit civilizatório, é a inaceitação do outro."

Barroso e Barbosa batem boca sobre quadrilha no mensalão:
Fonte: Terra
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