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Cidades

Itamaraty terá abraço simbólico com presença de Patriota

21 jun 2013 - 12h10
(atualizado às 14h47)
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<p>Manifestantes queimam cartazes em frente ao Itamaraty</p>
Manifestantes queimam cartazes em frente ao Itamaraty
Foto: AP

Após as manifestações da noite desta quinta-feira em Brasília, que terminaram com a depredação de prédios e construções públicas, os funcionários do Palácio do Itamaraty vão realizar um abraço simbólico ao redor do prédio. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, confirmou presença no ato, que começa às 17h desta sexta-feira. O Ministério divulgou uma nota hoje afirmando que "deplora os atos de violência e depredação ocorridos no Palácio Itamaraty".

Na noite de ontem, após confronto com policiais, um grupo de vândalos saiu do gramado do Congresso Nacional com destino ao Palácio do Itamaraty. Eles atravessaram as rampas, entraram no espelho d'água e chegaram a invadir a garagem do prédio. O grupo jogou pedaços de pau, pedras, bombas, ateou fogo e subiu no Meteoro, escultura símbolo do prédio. Pelo menos 25 vidraças foram quebradas.

"Atos de vandalismo não refletem o caráter predominantemente pacífico das manifestações", diz a nota da chancelaria. "O Ministério das Relações Exteriores continua a saudar as reivindicações legítimas dos manifestantes e conclama todos a exercerem seu direito constitucional de forma pacífica e sem violência."

Na manhã de hoje, peritos da Polícia Federal (PF) estiveram no prédio para avaliar os danos e prejuízos causados pelos vândalos. A PF será a responsável por identificar e abrir inquérito contra as pessoas que causaram os danos a um dos prédios mais visitados de Brasília. O Itamaraty é um dos três edifícios onde funciona o Ministério das Relações Exteriores e é obra do arquiteto Oscar Niemeyer. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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