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Política

Israel confirma ex-dirigente de colonos como embaixador no Brasil

6 set 2015 - 12h57
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Israel referendou neste domingo a nomeação de Dani Dayan, ex-presidente do movimento que aglutina os colonos judeus da Cisjordânia, como embaixador no Brasil, apesar dos protestos de movimentos sociais brasileiros.

"A nomeação de embaixadores é importante para a política externa de Israel. A missão mais elevada de qualquer embaixador é sua habilidade de influir na opinião pública. Isso é o que distingue os bons embaixadores dos medíocres", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao aprovar a designação.

Após saberem da decisão mês passado, movimentos sociais brasileiros questionaram a nomeação de Dayan, empresário de origem argentina que acusam de violar o direito internacional nas comunidades palestinas, e pediram que não as credenciais diplomáticas não fossem concedidas a ele.

Nascido em Buenos Aires há 59 anos e formado em Finanças, Dayan foi presidente do Conselho Yesha - de assentamentos judaicos na Cisjordânia - entre 2007 e 2013, e esteve envolvido na diplomacia pública israelense dentro e fora do país, informou o escritório do primeiro-ministro.

As críticas não demoraram, e a coordenadora da Frente de Defesa do Povo Palestino, uma das organizações que questionaram a nomeação, Soraya Misleh, advertiu que o nome de Dayan "é polêmico inclusive dentro da própria comunidade israelense no Brasil".

Segundo um manifesto que pedia que a entrega das cartas credenciais de Dayan fossem rejeitadas, ele vive no norte da Cisjordânia, em um dos assentamentos judeus considerados ilegais pela Corte Internacional de Justiça em um parecer consultivo aprovado em 2004 por 150 países da ONU, entre eles o Brasil.

De acordo com a imprensa israelense, Dayan deve assumir seu cargo em outubro após receber as credenciais do governo brasileiro.

Entre as entidades brasileiras que questionam a designação estão a Central Única de Trabalhadores e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra.

EFE   
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