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Impeachment

Impeachment seria barrado se fosse hoje, diz consultoria

7 abr 2016 - 13h37
(atualizado às 13h38)
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Foto: Facebook/Movimento Brasil Livre / Reprodução

Se o impeachment fosse votado hoje, o processo seria barrado na Câmara, afirma Christopher Garman, diretor da consultoria internacional de risco político Eurasia. Para Garman, faltam entre 20 e 40 votos para os adversários da presidente Dilma aprovar o processo de impeachment da Câmara.

“O nível de abstenção será equivalente ao número de parlamentares que o governo conseguir convencer. Abstenção equivale ao voto favorável. Mais importante que acompanhar os indecisos é acompanhar o número de votos que o movimento pró-impeachment tem convicção que terá. Hoje está de 20  40 votos aquém do necessário”, explica.

Para Garman, novos desdobramentos da Lava Jato e protestos nas ruas definirão o desfecho do processo de impeachment.

“Ambos podem impactar a expectativa de que o governo pode sobreviver. O cerne do impeachment se resume a isso. Se existir expectativa de que mais cedo ou mais tarde o governo vai cair, as promessas de novos cargos valem muito menos, porque o benefício de se associar ao governo cai”, explica Garman, levando em consideração as negociações de bastidores na corrida por votos.

Dessa forma, o lado que conseguir fazer sobressair sua tese – de que o governo será interrompido ou não – tende a ganhar mais votos. A articulação política, tal como no mercado, tem trabalhado em cima de expectativas.

Foto: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados / O Financista

Uma importante arma da ala governista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ter seu poder de convencimento reforçado caso tome posse na Casa Civil antes da votação em plenário.

“A conversa de bastidor que se fala na imprensa é de que o governo seria feito pelo ex-presidente Lula, com uma repactuação, o que daria condições de sobrevida do governo”, afirma.

Atualmente, a Eurasia calcula que a probabilidade do impeachment de Dilma Rousseff está em 60%. A possibilidade de o vice-presidente Michel Temer finalizar o mandato em 2018 é de 40% enquanto a probabilidade de novas eleições, viabilizada principalmente por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de cassar a chapa Dilma-Temer, é de 35%.

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