É Natal! Veja sugestões de presentes (de grego) a políticos
Natal. Época de tirar alguns dias de folga do trabalho, viajar com amigos, aproveitar mais tempo com a família... e, é claro, trocar presentes! Afinal de contas, você - que trabalhou duro durante os últimos meses - merece um agrado de final de ano. Assim como nossos políticos, não é mesmo?
Analisando os principais acontecimentos de 2014, o Terra elaborou uma lista com boas (ou não) sugestões de lembrancinhas para algumas personalidades da política. Confira abaixo.
Dilma Rousseff
Vale-aula de retórica e oratória
Retórica: arte de falar bem, de mostrar eloquência diante do público para ganhar uma causa, de usar a linguagem para se comunicar de forma eficaz e persuasiva. Oratória: arte de falar em público de maneira estruturada com a intenção de informar, influenciar e entreter os ouvintes.
Várias instituições de ensino ao redor do Brasil oferecem aulas de retórica e oratória para pessoas que precisam melhorar a linguagem falada. E nos debates realizados durante a campanha eleitoral deste ano, nossa presidenta mostrou, após se enrolar com as palavras e dar algumas gaguejadas, que pode ser uma delas. Por isso, sugerimos como presente de Natal um vale-aula de retórica e oratória. Chega de “presivi... prebisi... previlibi... previsibilidade”!
Aécio Neves
Ilha privada
Aécio Neves quis muito ganhar a eleição presidencial de 2014. Não conseguiu. Insistente, o tucano, junto ao PSDB e à coligação Muda Brasil, lançou dúvidas sobre a lisura do pleito, desdenhou da pequena diferença no resultado do segundo turno da eleição, conclamou a população a sair às ruas contra a presidente reeleita e, por último, enviou ao STF um pedido de cassação do registro de candidatura de Dilma Rousseff e a diplomação como presidente da República adivinha de quem? Dele mesmo.
Já que Aécio ainda não aceitou a derrota e quer tanto governar, sugerimos a ele, como presente, uma ilha privada (sim, existem ilhas à venda pelo Brasil). Não será um presente muito barato, mas pelo menos assim ele poderá criar seu pequeno “reino” e convidar apenas pessoas que desejam ser governadas por ele para morar por lá. Seus problemas estarão resolvidos, senador!
Marina Silva
Livro “A Arte de Tomar Decisões”
Marina Silva – que era do PT, mudou para o PV, tentou criar a Rede e acabou entrando meio de mentirinha para o PSB – mostrou, durante o processo eleitoral deste ano, que tem algumas dificuldades para tomar decisões. Ela lançou um plano de governo com ideias progressistas, especialmente em relação aos direitos LGBT, mas logo o modificou. Ela criticou a bipolaridade e a “velha política” no primeiro turno, mas se uniu ao PSDB no segundo. Ela passou anos se posicionando a favor de comunidades indígenas e pequenos produtores, mas apresentou posições mais palatáveis ao agronegócio e aos defensores dos transgênicos. E por aí vai...
Existem diversos livros no mercado de autoajuda que podem ensiná-la a ser mais firme em suas decisões. Sugerimos um intitulado “A Arte de Tomar Decisões”. Boa leitura, Marina!
Geraldo Alckmin
Tambores de dança da chuva
Não adianta. Mesmo com as últimas chuvas, os índices do Sistema Cantareira, que já utiliza a segunda cota da reserva técnica (ou volume morto), continuam caindo - quando muito, permanece, estáveis. Com o desenrolar da crise, o governador Geraldo Alckmin anunciou algumas medidas para tentar normalizar a situação. Entre elas estão um acordo com o governo federal para destinar mais verbas à construção de obras de abastecimento de água no Estado e outro com as administrações de Minas Gerais e Rio de Janeiro para iniciar a transposição do rio Paraíba do Sul.
Como as ações terão resultado a longo prazo, no entanto, o governador vai precisar contar com novas alternativas (e com a sorte) para garantir o abastecimento atual (e parcial). Para ajudá-lo, sugerimos tambores indígenas de dança da chuva. Mas não adianta só receber o presente, governador. Sua parte é aprender direitinho como tocá-los.
Fernando Haddad
Curso de grafite
No início de novembro, o túnel José Roberto Melhem, localizado no cruzamento da Avenida Rebouças com a Avenida Paulista, em São Paulo, foi grafitado novamente após ter seu painel apagado para a divulgação de um evento universitário do curso de Medicina da USP. Além de estudantes e artistas, a intervenção contou com a ajuda do próprio prefeito da capital, Fernando Haddad – que, convenhamos, mostrou que não tem tanta habilidade com as tintas.
Sugerimos a ele, então, um curso de grafite para iniciantes. Vai que melhora...
Eduardo Suplicy
Roupas e acessórios de hip-hop
Suplicy é conhecido pelo costume de cantar raps dos Racionais MCs em suas palestras e discursos. Amigo pessoal dos integrantes do grupo paulistano, especialmente de Mano Brown, o petista também é frequentemente visto em shows do grupo e em outros eventos dedicados ao hip hop pela capital paulista.
Seu look social, então, poderia ser substituído por um mais informal, com direito a bermudão, camiseta e boné, bem ao estilo street wear (moda de rua). Boa sugestão de presente, não é?
José Serra
Assinatura da próxima temporada do Brasileirão
Fã de futebol, José Serra é palmeirense. No próximo ano, seu time, que conseguiu se manter na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, jogará a temporada toda em um belo estádio recém-inaugurado em São Paulo. O tucano, eleito senador, no entanto, estará em Brasília.
Por isso, nada melhor do que uma assinatura completa da competição na TV a cabo para que ele consiga acompanhar a nova fase da equipe sem perder nada.
Pedro Simon
Um poncho
Se tem uma coisa que Pedro Simon possui é experiência no Senado. Ele foi eleito senador pela primeira vez em 1978, depois em 1991, em 1999 e em 2007. Em 2014, no entanto, recebeu menos votos que Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT) e não conseguiu se reeleger para seu quinto mandato. Resta a ele voltar para sua terra natal, o Rio Grande do Sul.
Mas depois de tantos anos em Brasília, ele não deve estar acostumado com o frio do sul do País. Nós podemos ajudá-lo: a sugestão de presente é um poncho, tradicional vestimenta usada pelos gaúchos nos dias mais gelados, quando sopra o vento minuano.