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Política

Henrique Alves define coordenador de grupo sobre reforma política

Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi o escolhido do presidente da Câmara para liderar o grupo

15 jul 2013 - 16h52
(atualizado às 17h01)
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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convidou nesta segunda-feira o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) para coordenar o grupo de trabalho que vai definir a proposta de reforma política. O grupo terá 90 dias para chegar a um acordo e elaborar um texto para ser votado e referendado em seguida pela população.

"Cada partido vai ter um representante, mas um coordenador vai resolver problemas. Essa tarefa é clássica, como ele (Vaccarezza) tem uma boa relação com os partidos, pode fazer isso", disse Henrique. A proposta foi feita ao presidente do PT, Rui Falcão. O partido terá dois lugares no grupo. Além de Vaccarezza, Henrique Fontana (RS) também foi convidado a elaborar o texto.

O presidente da Câmara disse esperar instalar a comissão nesta terça-feira. Cada partido terá um assento. "No PMDB, será o Marcelo Castro, que é especialista. Do PT, o Fontana, que foi relator do projeto de reforma política", disse Alves. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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