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Política

Governador nega vínculo com paraguaio acusado de homicídio

Eleito no Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja disse que as denúncias têm o objetivo de interferir em sua decisão de revisar a política de segurança pública no estado

17 dez 2014 - 16h41
(atualizado às 20h44)
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<p>Azambuja (foto) é suspeito de ter ligação com o político Vilmar Acosta, acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina</p>
Azambuja (foto) é suspeito de ter ligação com o político Vilmar Acosta, acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina
Foto: Divulgação

O governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, negou nesta quarta-feira qualquer ligação com o político paraguaio Vilmar Acosta, acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina, e atribuiu essas denúncias a uma reação a sua posição contra o tráfico de drogas.

Azambuja, que assumirá seu mandato em 1º de janeiro, disse que as denúncias buscam afetar sua decisão de revisar a política de segurança pública no Mato Grosso do Sul para reforçar o combate ao narcotráfico.

"Quando se coloca o dedo na ferida, apontando os erros do atual sistema e interferindo diretamente nos interesses de quem não quer ver funcionar a Segurança Pública para a maioria da população, a reação é imediata", disse o governador eleito e deputado federal pelo PSDB em comunicado enviado à Agência Efe.

O político disse que tão só pode atribuir a suposta "manipulação de informações" no Paraguai e as "tentativas de atingir sua honra e credibilidade" a uma reação contra as medidas que prometeu pôr em prática para combater o tráfico de drogas.

Azambuja reagiu assim às denúncias feitas em uma comissão do Congresso paraguaio, segundo as quais teria vínculos com Vilmar Acosta, até há poucas semanas prefeito da cidade paraguaia de Ypejhú e considerado o mentor do assassinato, há dois meses, do jornalista Pablo Medina e de sua assistente, Antonia Almada.

O suposto vínculo foi revelado pelo senador Arnoldo Wiens, membro da comissão parlamentar bicameral do Paraguai que investiga o assassinato de Medina, correspondente do jornal ABC Color e conhecido por seus trabalhos sobre o tráfico no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Mato Grosso do Sul.

De acordo com Wiens, Azambuja tinha "muita amizade" com Vilmar Acosta, que está foragido desde a morte de Medina e é, além disso, acusado por produção, armazenamento e tráfico de maconha.

Os supostos autores materiais do crime, um irmão e um sobrinho de Acosta, também estão foragidos.

De acordo com Azambuja, as informações que o vinculam com Acosta "são mentirosas, levianas e absolutamente irresponsáveis".

O governador eleito negou qualquer vínculo com as pessoas citadas por Wiens e reclamou que ninguém o consultou antes da divulgação dessas denúncias.

Além disso, ele afirmou que já instruiu seus advogados para adotar todas as medidas judiciais cabíveis, tanto no Brasil como no Paraguai, para reparar os danos contra sua imagem pública.

EFE   
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