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Política

EUA veem ‘corrupção’ em obras da Odebrecht no exterior

Diplomacia americana monitorou os negócios da empreiteira em alguns países

22 jul 2015 - 11h13
(atualizado às 11h22)
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A diplomacia americana monitorou os negócios da Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo durante a segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010). As informações foram publicadas nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo. Telegramas confidenciais do Departamento de Estado norte-americano revelados pelo WikiLeaks relatam ações da empreiteira e suas relações com governantes estrangeiros.

De acordo com a publicação, Lula é citado em iniciativas para defender os interessas da Odebrecht no exterior. Em outubro de 2008, a embaixada americana em Quito relatou pressão imposta pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, sobre as empresas brasileira, alegando descumprimento de contratos. Contudo, a embaixada americana afirma que o motivo para a saída seria corrupção.

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Segundo o jornal, outro alerta feito aos americanos se refere às condições do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o projeto. O telegrama americano aponta que um funcionário do Banco Central teria mostrado preocupação com relação a termos desfavoráveis nos empréstimos à empresa.

Já em 2009, a embaixada americana no Panamá relatou a Washington que o presidente local vivia situação delicada e que um escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht estaria prestes a eclodir. Em 2007, um relatório americano apontou para a relação da empreiteira com políticos estrangeiros, referindo-se à viagem de Lula para a Angola e classificando a visita como “produtiva”.

A diplomacia americana não coloca em questão o papel do ex-presidente nas ações, mas levanta questões sobre a parceria fechada pelo governo americano e a Odebrecht.

Fonte: Terra
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