PUBLICIDADE

Estados Unidos

EUA dizem a Lula que Assange não está preso por WikiLeaks

9 dez 2010 - 18h58
(atualizado às 21h51)
Compartilhar

A prisão do criador do site WikiLeaks, Julian Assange, nada tem a ver com o vazamento de informações secretas dos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira um porta-voz do departamento americano de Estado, reagindo a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "As acusações pelas quais Assange foi detido não têm nada a ver com o WikiLeaks", disse o porta-voz Charles Luoma-Overstreet.

Lula defende dono do WikiLeaks durante discurso do PAC:

Lula ironizou hoje sobre a prisão de Assange. "O rapaz foi preso e não estou vendo nenhum protesto pela liberdade de expressão. Não tem nada. O rapaz apenas colocou "no site" o que leu. O culpado não é quem divulgou, mas quem escreveu (os telegramas diplomáticos)", disse.

Assange, procurado pela Justiça sueca por agressão sexual a duas mulheres, está preso na Inglaterra para possível extradição. O site WikiLeaks iniciou em 28 de novembro passado a publicação de 250 mil telegramas confidenciais do departamento americano de Estado. As revelações abalaram o governo americano, que se desculpou com diversos líderes estrangeiros.

WikiLeaks

Assange, cujo site WikiLeaks está no centro de uma controvérsia mundial após ter divulgado documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, se apresentou na última terça-feira ao tribunal de Londres, no Reino Unido, onde se entregou às autoridades em cumprimento de uma ordem de prisão sueca por suposto estupro.

Segundo o jornal americano The New York Times, as acusações a Assange são baseadas em encontros sexuais com duas mulheres. As relações, que começaram consentidas pelas envolvidas, acabaram não consentidas quando Assenge não quis mais usar camisinha. A Suécia expediu o primeiro mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro.

O crime de que ele está sendo acusado é o menos grave de três categorias de estupro. A pena máxima prevista é de quatro anos na prisão. O WikiLeaks, que despertou a fúria de Washington com suas publicações, prometeu continuar com a divulgação dos 250 mil documentos secretos obtidos.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade