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Política

Equador e Venezuela elogiam suspensão de processo de impeachment contra Dilma

9 mai 2016 - 14h35
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Os chanceleres da Venezuela, Delsy Rodríguez, e Equador, Guillaume Long, elogiaram nesta segunda-feira em Caracas a suspensão do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que qualificaram de golpe de Estado.

"Assim foi denunciado oportunamente por nossos chefes de Estado, pela comunidade internacional: um julgamento político que não teve nenhum tipo de legalidade (...) e que pretendia ignorar a vontade do povo brasileiro que a elegeu", declarou Rodríguez aos jornalistas junto a Long.

A decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados do Brasil, Waldir Maranhão, de anular o julgamento político contra Dilma "sem dúvida alguma terá um impacto positivo no curso democrático e institucional do Brasil", sustentou Rodríguez.

O que foi decidido por Maranhão, acrescentou a chefe da diplomacia venezuelana, "detém um julgamento político que constitui um golpe de Estado desde o parlamento de setores da extrema direita".

"Este é um tema que nos preocupa muito" e o Equador está "totalmente de acordo com o expressado pela chanceler Rodríguez", declarou por sua vez o chanceler Long, que hoje mesmo iniciou uma visita oficial à Venezuela.

O ministro do Equador lembrou que a Venezuela preside atualmente a União de Nações do Sul (Unasul) e falou que nessa qualidade "ajuda a pactuar uma posição unida, unificada dos povos da América Latina, neste caso do sul, contra qualquer tentativa golpista em qualquer país".

"Não podemos retornar -prosseguiu Long- às horas mais funestas da história da América do Sul. Temos que demonstrar ao mundo que estes atrasos de outra época não podem prosperar" e que se deve "defender a institucionalidade democrática no irmão Brasil".

Long lembrou que Dilma foi escolhida com 58 milhões de votos, um número, ressaltou, "absolutamente democrático" que os governos da região e do mundo devem avaliar.

"Nós estamos aqui para defender a democracia, a institucionalidade e o estado de direito", ressaltou.

EFE   
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