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Em velório em SP, políticos lamentam morte de Tuma

26 out 2010 - 20h40
(atualizado às 22h53)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

Políticos de diversos partidos e familiares acompanharam a chegada do corpo do senador Romeu Tuma (PTB) na Assembleia Legislativa de São Paulo, por volta das 21h20 desta terça-feira. O corpo chegou protegido por batedores e foi carregado até o Hall Monumental por homens da Polícia Militar e do Garra, da Polícia Civil.

Políticos, familiares e amigos acompanham velório de Tuma
Políticos, familiares e amigos acompanham velório de Tuma
Foto: Raphael Falavigna / Terra

O primeiro político a chegar ao local, por volta das 20h, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), definiu o colega como um homem "afável, simples, sorridente". Alckmin falou sobre sua relação com o senador, com quem dividiu chapa nas eleições de 2002. "Ele nos ajudou muito, criamos um laço de afeto, é uma pessoa do bem", disse.

O senador Eduardo Suplicy (PT) foi a segunda personalidade política a chegar para o adeus a Tuma. Suplicy lembrou o episódio em que o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva foi preso junto com outros 12 sindicalistas no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), dirigido na época por Tuma. "Me lembro de ter conversado com o então diretor do Dops sobre aquela situação, ao meu ver estranha", disse o senador. Suplicy mencionou ainda a capacidade do ex-policial de contribuir com discussões relativas à segurança pública e ao sistema prisional em comissões do Legisltativo.

Por volta das 20h45, a mulher, Zilda, e os filhos Romeu Tuma Jr., Robson e Rogério, chegaram ao local. O advogado e ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, também esteve presente e disse representar a candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff. "Trago uma mensagem de carinho, de sentimento, de pêsames", disse. Ele falou sobre a amizade que teve pelo senador, apesar de sempre terem estado em lados opostos: ele advogado e Tuma como policial. "Convivemos em campos diversos, mas sempre com muito carinho e respeito".

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse durante o velório que Tuma deixa um legado de parlamentar exemplar. O senador Aloízio Mercadante também acompanhou a chegada do corpo de Tuma. A despedida ao senador deve se estender até a madrugada de quarta-feira e está aberta ao público. O senador será enterrado às 15h de quarta-feira, no cemitério São Paulo.

O senador morreu às 13h de desta terça-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde o dia 1º de setembro para tratar um quadro infeccioso de afonia (perda ou diminuição da voz). Além de exigir cuidados médicos, o problema impediu Tuma de fazer campanha nestas eleições. O candidato ficou em quinto na disputa pelo Senado em São Paulo e não se reelegeu.

No dia 2 de outubro, Tuma foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ao coração chamado Berlin Heart. O dispositivo auxiliava a regular a pressão e circulação sanguínea do paciente.

Fonte: Redação Terra
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