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Política

Em SC, líderes do PT consideram viável aliança com PMDB

22 nov 2009 - 17h10
(atualizado às 17h24)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto do Santa Catarina

Os principais líderes do PT em Santa Catarina destacaram o "amadurecimento" do partido no Estado, durante o Processo de Eleições Diretas (PED) da legenda, realizado neste domingo. Uma aliança entre petistas e o PMDB seria "plenamente viável" e dependeria apenas da postura dos próprios peemedebistas.

Cerca de 40 mil filiados participam da votação realizada em 230 municípios catarinenses. Três candidatos disputaram a presidência estadual e nome praticamente apontado como o vitorioso é o do ex-ministro da Pesca José Fritsch, da ala comandada pela senadora Ideli Salvati e pela atual presidente Luci Choinacki. Além dele, Adilson Mariano e Antônio Battisti participam da disputa.

A grande unanimidade entre as chapas é a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Apesar do lançamento de três candidatos à direção estadual, os petistas destacam a união do partido há um ano das eleições. "Existem visões diferentes em apenas alguns detalhes, a unidade do PT em Santa Catarina nunca chegou a este ponto", disse o ex-ministro José Fritsch, que votou em Chapecó, cidade localizada a cerca de 500 km de Florianópolis. "Acredito que, após anos, o PT catarinense está mais maduro".

A grande questão para o PT catarinense é uma coligação com o PMDB. O principal líder peemedebista no Estado, o governador Luiz Henrique da Silveira, mantém uma aliança com democratas e tucanos e já declarou voto a José Serra para a presidência. Apesar da postura, qualquer que seja o eleito pelo PT afirma que pretende conversar com o PMDB local, seguindo a tendência nacional.

"O nosso nome para disputar o governo estadual é o de Ideli Salvatti. Vamos conversar com todas as bases do governo Lula, como PMDB e PP, e esperamos o apoio ao nome da senadora", disse Fritsch. "O governador quer se manter com o DEM e o PSDB, mas as bases se manifestam a favor da candidatura Dilma, o que facilitar uma aliança".

Governador é o obstáculo para aliança, segundo Ideli

A senadora Ideli Salvatti votou no início da tarde e destacou ser "plenamente possível" união com os peemedebistas caso o partido feche a aliança em torno da candidatura de Dilma Rousseff. Ela também não descarta conversas com o PP de Esperidião Amin.

"O que dificulta a aliança tem sido a postura do governador Luiz Henrique da Silveira até aqui. Ele luta para manter a sua união com democratas e tucanos", afirmou. "Mas caso o PMDB entre de vice na chapa de Dilma, a situação pode se inverter. O PP, outro aliado nosso e adversário histórico de Luiz Henrique, aguarda a decisão na arquibancada para se posicionar".

Para Ideli, o PT catarinense já tem seus nomes definidos e a postura dos líderes estaria demostramento a "evolução" da legenda em Santa Catarina. "Nunca antes na história desse partido aqui no Estado tivemos uma união tão grande. Já fizemos prévias, chegamos rachados à disputa e isso não está sendo visto desta vez", disse. "Toda a nossa perspectiva eleitoral, a definição dos nomes para a liderança do partido demonstram um amadurecimento muito grande".

O nome de José Eduardo Dutra para a presidência do diretório nacional é apontado como o favorito entre os petistas catarinenses. O resultado das eleições deve ser conhecido até a próxima terça-feira no Estado.

Em meio à apuração, a ministra Dilma Rousseff participará de um evento na Assembleia Legislativa de Santa Catarina na tarde desta segunda-feira.

Fonte: Especial para Terra
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